O governo do Piauí prorrogou por mais 180 dias o decreto de emergência zoossanitária para a prevenção da gripe aviária. A medida foi adotada em conformidade com o governo federal, que também ampliou os cuidados com a doença pelo mesmo período.
A prorrogação do decreto ocorre em meio à confirmação de novos focos de gripe aviária em aves silvestres e domésticas em vários estados do Brasil. Embora não haja casos confirmados no Piauí, a Secretaria de Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada) busca prevenir a introdução e disseminação do vírus nos aviários comerciais e de subsistência do estado.
Para o secretário da Sada, Fábio Abreu, a medida facilita o acesso a recursos, agiliza o atendimento em casos suspeitos e permite que o Piauí solicite parte dos R$ 200 milhões liberados pelo governo federal para investimentos em ações emergenciais.
“Teremos facilidade de pedir esse montante e assim investirmos em contratação de funcionários, compra de equipamentos e deslocamento de servidores”, explica o gestor.
A emergência zoossanitária em todo o território nacional foi declarada em maio do ano passado após a detecção de aves silvestres infectadas pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) – H5N1.
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Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, o objetivo do decreto é possibilitar a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios e organizações governamentais para combater a doença.
No Piauí, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adapi) aponta que o consumo de carnes de frango e ovos permanece seguro, como já atestado por instituições nacionais e internacionais de saúde.
Gripe Aviária
A gripe aviária, também conhecida como influenza aviária, é uma doença viral que afeta aves, principalmente aves aquáticas como patos e gansos. O vírus responsável por essa enfermidade pertence à família Influenzaviridae e pode assumir diferentes subtipos, sendo os subtipos H5 e H7 os mais associados a casos graves.
A transmissão da gripe aviária ocorre principalmente pelo contato direto com aves infectadas ou com suas secreções, como fezes e secreções nasais. Além disso, o vírus pode ser disseminado através de objetos contaminados, como equipamentos agrícolas.
A detecção precoce e o controle em populações de aves são medidas importantes para prevenir a disseminação do vírus e proteger tanto a saúde animal.