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Greve na UFPI: docentes decidem pela continuidade da paralisação no Piauí

Segundo a presidente da ADUFPI, o percentual de reajuste salarial proposto pela categoria, que chega a mais de 21%, ainda enfrenta entraves com o Governo Federal.

21/06/2024 às 17h30

21/06/2024 às 18h39

A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (ADUFPI), entidade que representa os professores da instituição, deliberou nessa quinta-feira (20) pela continuidade da paralisação geral das atividades dos profissionais do magistério em todos os campi pelo estado. A decisão foi acordada de forma unânime durante uma assembleia-geral extraordinária, que ocorreu simultaneamente nas cidades de Teresina, Picos, Floriano e Bom Jesus.

Na assembleia-geral, entre outros assuntos, foram discutidas a avaliação das propostas do Governo Federal, pela assinatura ou não de acordo, bem como o futuro do movimento grevista para a continuidade da paralisação geral ou encerramento coletivo da ação em conjunto com os outros sindicatos nacionais.

Universidade Federal do Piauí - UFPI - (Arquivo / O DIA) Arquivo / O DIA
Universidade Federal do Piauí - UFPI

Após finalizadas as discussões e avaliados os posicionamentos dos professores, o resultado final teve como resultado a não assinatura do acordo com o Governo Federal e pela continuidade da greve por tempo indeterminado.

A partir de agora, a diretoria irá encaminhar o resultado da assembleia para o comando nacional de greve e aguardar um novo posicionamento a fim de deliberar os próximos passos da greve.

Greve na UFPI: docentes decidem pela continuidade da paralisação no Piauí - (Divulgação) Divulgação
Greve na UFPI: docentes decidem pela continuidade da paralisação no Piauí

Adufpi argumenta avanço nas discussões

O movimento grevista na UFPI é trabalhado em conjunto com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). Dessa forma, as deliberações realizada no território piauiense também são assistidas pela entidade nacional.

Ao PortalODia.com, a presidente da ADUFPI, Escolástica Santos, argumentou que, apesar do movimento grevista estar instalado há quase um mês, muitas decisões em comum acordo já foram firmados.

“Nós conseguimos avançar em algumas pautas, como a recomposição do orçamento da Universidade, mesmo que parcial; avançamos na nossa carreira, mesmo que ainda seja o solicitado, mas conseguimos a garantia de bolsas para estudantes quilombolas, por exemplo. Outro ponto que conseguimos foi o reajuste de alguns benefícios e aumentar o percentual do reajuste de 2025, além de avançar na pauta da revogação de algumas leis”, disse.

Entretanto, Escolástica destaca que o percentual de reajuste salarial proposto pela categoria, que chega a mais de 21%, ainda enfrenta entraves com o Governo Federal. Os professores reindicam reajustes na ordem de 7,06% em 2024, 9% em 2025 e de 5,16% para 2026.

Nós não conseguimos sair dos 0% no reajuste solicitado para 2024. Isso causou um desconforto e insatisfação em grande parte dos nossos docentes. Foi feita uma assembleia ontem e nosso sindicato votou por não assinar o acordo, insistir um pouco mais para avançar na pauta do reajuste e permanecer na greve

Escolástica SantosPresidente da ADUFPI

Atraso na homologação de consulta pública

Outro encaminhamento discutido na reunião com os docentes da UFPI foi o encaminhamento para a construção de uma assembleia unificada para discutir a situação da UFPI, principalmente, no que diz respeito a consulta acadêmica para a reitoria da universidade, ainda sem data e hora definidas.

A principal alegação da entidade é a demora na homologação do resultado da consulta pública, onde Nadir Nogueira e Edmilson Miranda saíram vencedores quanto a preferência da comunidade acadêmica sobre os próximos reitores da Instituição de Ensino Superior.

Nadir Nogueira e Edmilson Miranda - (Reprodução/Redes Sociais) Reprodução/Redes Sociais
Nadir Nogueira e Edmilson Miranda

O resultado precisa ser apreciado e homologado pelo Conselho Universitário (CONSUN) para a formação da lista tríplice que será enviada ao Governo Federal. De posse da lista tríplice, o presidente da República nomeará os novos reitor e vice-reitor e só então eles poderão tomar posse.


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