O Sistema O Dia de Comunicação, através da equipe de jornalismo da O Dia TV, conquistou o 2º lugar na categoria vídeo do 9º Prêmio MPPI de Jornalismo. A solenidade de premiação foi realizada nesta quarta-feira (18), na sede do Ministério Público do Piauí. A reportagem vencedora abordou o combate à intolerância religiosa, com foco nas discriminações contra as religiões de matriz africana.
A reportagem premiada teve como base casos recentes de violência religiosa, incluindo incêndios em terreiros de Umbanda e ataques racistas direcionados à imagem de Iemanjá, uma divindade de origem africana. Jéssica Sales, produtora da matéria, destacou que o trabalho visou dar visibilidade à luta de pessoas que, apesar do direito à liberdade religiosa garantido pela Constituição, ainda enfrentam o desrespeito a suas crenças.
“Para embasar a construção da matéria, buscamos dados do Ministério dos Direitos Humanos, que apontou que o Piauí é o 4º estado do país com mais registros de Intolerância Religiosa. E para darmos voz a quem deseja apenas praticar o livre exercício dos cultos religiosos, procuramos a Dra. Myriam Lago, Titular da 49ª Promotoria de Justiça de Teresina, que apresentou o que diz a lei sobre as discriminações, processos notificados, as políticas públicas que atendam essas comunidades e dos esforços para construção de parcerias com órgãos que visam a proteção aos povos de terreiro do Piauí”, explica.
A reportagem deu voz a pessoas diretamente afetadas pela intolerância religiosa. “Escolhemos personagens que tiveram suas vidas afetadas pelo preconceito religioso, como a Mãe Jane de Oxum que teve o seu terreiro incendiado na região do Socopo. Na matéria, pudemos entender que a intolerância religiosa já não é mais suficiente para representar o que acontece nesses casos, mas sim Racismo Religioso. Isso, em especial, por causa de dois fatores: essas religiões costumam ser associadas a práticas demoníacas simplesmente por não serem cristãs e são religiões constituídas principalmente por pessoas negras”, afirma Sales.
Este é o quarto prêmio conquistado pela O Dia TV desde o seu lançamento em 2018, o que reflete a qualidade do trabalho jornalístico desenvolvido pela equipe. A diretora de jornalismo do Sistema O Dia, Karliete Nunes, que foi a repórter da matéria, destacou a importância da colaboração de toda a equipe.
“O principal agradecimento vai para as fontes entrevistadas na reportagem. São histórias muito fortes, de resistência mesmo, e que ajudaram a jogar luz sobre a questão do racismo religioso contra as pessoas que professam religiões de matriz africana. Em televisão, todos as etapas de construção de uma reportagem são imprescindíveis. Pesquisa, produção, texto, imagem e edição”, disse.
O editor Pedro Thomps também reconheceu o esforço coletivo: “Foi um trabalho bem elaborado, com foco e dedicação, e o resultado final reflete isso. Estou muito feliz com o reconhecimento”, disse.
Para o cinegrafista Sérgio Neto, o prêmio representa a vitória de todos os envolvidos. “Esse segundo lugar é como um primeiro lugar para mim. Todos contribuíram para que essa conquista fosse possível”, afirmou.
O prêmio, que tem como tema "MPPI: Promover Direitos e Transformar Vidas", reconheceu a relevância da matéria.
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