Os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 encerraram neste domingo (8) com a melhor participação brasileira da história! Foram 89 medalhas - com 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes - que renderam ao Brasil um inédito 5º lugar geral no quadro de medalhas. E dentre as conquistas, duas medalhas foram garantidas por dois dos três piauienses que disputaram as Paralimpíadas. O Portal O Dia traz paras você um balanço da participação dos atletas locais no evento esportivo. Confira!
Keyla Barros
Na primeira participação, uma medalha de bronze! Keyla conquistou, no Stade de France, a medalha na prova dos 1500 metros classe T20 (deficiência intelectual) dos Jogos Paralímpicos de Paris (França). Ela completou a prova com o tempo de 4min29s40 para ficar com o terceiro lugar. Além de estrear em Paralimpíadas já medalhando, Keyla se tornou a única mulher piauiense a ter uma medalha paralímpica.
Nas redes sociais, Keyla comemorou a primeira medalha paralímpica da carreira, exaltou as raízes nordestinas e lembrou da avó. A piauiense exibiu uma foto durante a comemoração pela conquista.
Luís Carlos Cardoso
O mais experiente dos piauienses que disputaram os Jogos Paralímpicos 2024 não poderia passar em branco. Luís Carlos Cardoso faturou a prata em Paris e repetiu o feito de Tóquio 2020, quando conquistou também uma medalha de prata. Luís ficou em segundo na canoagem KL1 200 metros (atletas que usam pernas, braços e troncos durante prova em caiaque). O brasileiro encerrou a distância em 46s42. O ouro ficou com o húngaro Peter Kiss (44s55), enquanto o bronze foi garantido pelo francês Remmy Boulle (47s01).
O pódio da prova foi igual ao dos Jogos de Tóquio, com o francês Remy Boulle em terceiro, e o húngaro Peter Kiss na primeira posição. Ao comemorar a prata, o paracanoísta piauiense exaltou a importância da conquista e disse querer buscar o ouro em Los Angeles 2028, acenando para a participação em mais um ciclo olímpico.
Rayssa Veras
Na Esgrima em cadeira de rodas, o Piauí foi representado por Rayssa Veras. A atleta disputou provas individuais e por equipes, no Sabre e na Espada. Porém não avançou de fase e não subiu ao pódio em Paris. Porém, a primeira participação rendeu experiência paralímpica para a atleta, que afirmou ter dado o melhor de si em Paris.
Resultado geral da delegação brasileira foi positivo, avalia CPB
Para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, o resultado em Paris é positivo e é uma consequência do planejamento estratégico anunciado em 2017 e de uma mudança de rumo na estratégia da entidade. “Esse plano foi uma bússola ao longo dos últimos oito anos e nos guiou até aqui. Ele traz a inclusão para o centro do nosso propósito. A gente deixa de fazer a inclusão pela repercussão e passamos a tê-la em nossa missão. Mudamos a lógica do desenvolvimento esportivo. Passamos a ir até as pessoas, criamos o Festival Paralímpico, a Escolinha Paralímpica, o Camping Escolar [que reúne os destaques da Paralimpíada Escolar para um período de treinos em alto rendimento]”, afirmou Mizael em entrevista coletiva concedida neste domingo (8) na Casa Brasil Paralímpico, em Saint-Ouen, cidade vizinha a Paris.
“Criamos o caminho do atleta, que parte da escolinha e que pode culminar em um pódio como aqui em Paris. Perdemos dois anos do ciclo por conta da pandemia [de COVID], caso contrário, teríamos mais jovens oriundos desses programas. Com os resultados dos projetos de formação, os resultados serão ainda melhores”, emendou o presidente do CPB.
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