Proprietários e representantes de autoescolas de Teresina se reuniram, na manhã desta quinta-feira (24), com a direção do Departamento de Trânsito do Piauí (Detran-PI) para questionar o uso de veículos de empresas terceirizadas em exames práticos no estado.
Durante a reunião, a diretora-geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PI), Luana Barradas, informou que serão instaladas câmeras de videomonitoramento nas balizas onde são realizados os exames práticos.
Entre as outras mudanças, estão previstas, ainda, a instalação de microfones dentro dos carros e sensores ao redor do veículo. A expectativa é que as alterações sejam implementadas até dezembro. Para ela, o novo sistema vai possibilitar que o candidato possa pedir uma revisão em caso de reprovação.
“Se o aluno for reprovado durante o exame, e não concordar, ele vai poder solicitar uma revisão do resultado. Isso traz mais segurança. Antes de implementar essas melhorias dialogamos com as autoescolas e com os examinadores. As autoescolas são parceiras do Detran e o nosso diálogo sempre vai existir”, explicou a diretora.
Ainda conforme a diretora-geral, os proprietários das autoescolas já tinham conhecimento das mudanças e que o novo sistema adotado tem apoio de 95% da categoria.
Para os proprietários das autoescolas, as mudanças podem trazer custos adicionais para os alunos e dificultar ainda mais o processo para quem deseja tirar a primeira habilitação.
"Hoje o aluno realiza 20 aulas na autoescola em um veículo da autoescola. Com as mudanças, no dia do teste ele vai conduzir um outro carro totalmente desconhecido e sem nenhum tipo de adaptação. Ou seja, ele vai chegar de surpresa e descobrir de última hora em qual carro ele vai fazer esse teste", explicou Daniel Tavares, proprietário de uma autoescola.
Autoescolas protestaram contra uso de veículos
No início da semana, no dia 22 de agosto, uma manifestação foi realizada em frente à sede do Departamento de Trânsito do Piauí (Detran-PI) contra o uso de veículos de empresas terceirizadas em exames práticos.
Na ocasião, as autoescolas reivindicam a abertura de um canal de diálogo e pediram mais transparência no processo, uma vez que a aquisição dos novos veículos teria sido feita sem o conhecimento das empresas e dos alunos.