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Justiça prorroga prisões de sete influenciadores investigados na operação "Jogo Sujo"

Decisão proferida pelo juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos mantém investigados presos preventivamente por mais cinco dias.

13/10/2024 às 14h54

A prisão temporária de sete influenciadores, detidos na operação Jogo Sujo II, foi prorrogada por mais cinco dias pela Justiça do Piauí. A decisão, tomada pelo juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, segue um pedido da Polícia Civil feito na sexta-feira (11). Inicialmente, a prisão deles expiraria neste domingo (13), mas a falta de colaboração dos investigados nas investigações motivou a prorrogação.

A decisão foi tomada ainda por conta da "gravidade dos crimes" e também pelo risco que representam para o prosseguimento das investigações, além da "possibilidade de retomar atividades ilícitas", diz a decisão. Um outro pedido, o de converter as prisões de preventiva para domiciliar foi negado, com a justificativa de que tal medida não se alinha ao propósito da prisão temporária.

Justiça prorroga prisões de sete influenciadores investigados na operação "Jogo Sujo" - (Reprodução/Redes Sociais) Reprodução/Redes Sociais
Justiça prorroga prisões de sete influenciadores investigados na operação "Jogo Sujo"

Letícia Ellen, Milena PâmelaPedro Lopes (Lokinho), Diogo Macedo (Diogo Xenon), Yrla Lima, Douglas Guimarães e Brenda Raquel são os influenciadores teresinenses que tiveram a prisão prorrogada na Operação Jogo Sujo II. Eles devem responder pelos crimes de estelionatolavagem de dinheiro, indução do consumidor ao erro e divulgação de jogos de azar ilegais.

De acordo com as investigações, os influenciadores digitais alvos da operação recebiam até R$ 30 mil por semana para divulgar jogos de azar ilegais. A informação foi confirmada ao Portalodia.com pelo coordenador da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), delegado Humberto Mácola. Em entrevista exclusiva, ele explicou sobre as denúncias recebidas que levaram à deflagração da operação.

As investigações da polícia apontaram que estes influenciadores eram procurados por agenciadores fazendo ofertas de divulgação de jogos de azar ilegais em plataformas não autorizadas pelo governo brasileiro. As ofertas variavam conforme a quantidade de seguidores que estes influenciadores tinham no Instagram e o engajamento que eles geravam.

Quanto maior o engajamento e os seguidores, maior o valor que eles recebiam. “Isso ainda está sendo apurado, mas devemos dizer que a Polícia Civil não trabalha com achismos, presunções ou suposições. De acordo com a investigação, estes valores variavam de R$ 10 mil, R$ 20 mil a R$ 30 mil de acordo com o poder de engajamento do influenciador bem como seu número de seguidores. Esses valores eram recebidos por semana, mas ainda estamos apurando definitivamente esta conta”, explicou o delegado Humberto Mácola.

"Robin da Carne" é o único que ainda não foi preso

O influenciador Antônio Robson da Silva Pontes, mais conhecido como Robin da Carne, chegou a negociar os termos para se entregar à polícia na última sexta-feira (11), porém segue foragido. Ele é suspeito de envolvimento no esquema de jogos ilegais e é procurado no âmbito da operação. O advogado do influenciador, Lúcio Tadeu, esteve na sede da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) para negociar a apresentação do cliente.

Robin da Carne - (Reprodução/Instagram) Reprodução/Instagram
Robin da Carne

Segundo ele, Robin da Carne estava na região do município de Bacabal, no interior do Maranhão, negociando gado para o frigorífico da família, mas já está se deslocando para a capital para se entregar à polícia.


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