O Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado do Piauí (Sindilojas/PI) informa que as livrarias e papelarias no Centro e bairros de Teresina funcionarão em horário estendido, das 08h até as 19h, durante os dias 03, 04, 06, 07, 08, 10, 11, 13, 14, 15, 17, 18, 20, 21, 22, 24, 25, 27 e 28 de janeiro, visando auxiliar os consumidores na compra de materiais didáticos.
As referidas unidades poderão ficar abertas mediante compensação das horas trabalhadas durante as festividades do Carnaval ou da Semana Santa deste ano.
E a perspectiva de vendas é boa. Mesmo com muitos pais tendo se adiantado e procurado as livrarias e papelarias ainda em dezembro, é em janeiro que a movimentação de fato acontece. Para Tertulino Passos, presidente do Sindilojas-PI, os livros específicos é que vão alavancar as vendas do setor neste início de ano. “São livros especificamente escolhidos pelas escolas, então é mais difícil a compra online, por exemplo. Tem que ser presencial e isso fortalece muito a atividade. Acreditamos que vão crescer as vendas”, afirma Tertulino.
Pais antecipam compra de livros usados em feira, mas procura ainda é baixa
As aulas escolares mal terminaram e os pais já estão em uma nova missão: comprar o material escolar dos filhos para o ano letivo de 2025. Alguns pais preferiram antecipar as compras de livros para antes do natal, como forma de garantir descontos e materiais com melhor qualidade. Outros, optaram para reservar as últimas semanas para curtir o recesso com a família e se preocupar com os materiais escolares apenas no início de 2025.
A feirinha de livros localizada na Praça do Fripisa, centro de Teresina, é muito tradicional, mas não tem recebido muitos frequentadores. Uma vantagem para o advogado Suleyman Alves Santana (47), que aproveitou as últimas semanas de dezembro para procurar os livros do sobrinho. Ele foi até o local como um favor para sua comadre, que mora em Parnaíba e viria à capital somente para comprar esses livros.
“Minha comadre queria vir para Teresina ver os livros do meu afilhado, então resolvi fazer esse favor para ela. Aqui na feira é comum ter esses livros e com valores mais em conta. Ela quis se antecipar exatamente porque daqui a algumas semanas, seria mais difícil encontrar, pois em breve os pais vão começar a procurar. Quem se antecipa, acaba tendo vantagens, seja encontrando o livro que seja, seja esse exemplar em melhor estado de conservação”, comenta.
Infelizmente, nem todos os pais pensam assim e, enquanto muitos não vão em busca dos livros dos filhos, os permissionários da feira da Praça do Fripisa enfrentam uma baixa nas vendas. Francisco de Oliveira Macedo (40) trabalha há mais de 20 anos no local e conta que a movimentação está bem abaixo do esperado para o período. Segundo ele, em geral, a procura começa bem no início de dezembro.
“Já era para a movimentação ter começado, pois a feira começa no dia 01 de dezembro, melhorando lá pelo dia 10, mas o mês encerrou e praticamente ninguém veio comprar os livros. Acredito que muito pais estão optando por comprar pela internet e em sites, devido à comodidade, e acabam não vindo para a feira”, comenta.
Apesar da baixa procura, a expectativa é de que, no início de janeiro de 2025, a procura aumente e as vendas alcancem, pelo menos, o mesmo percentual de 2023. “Esperamos que fique pelo menos igual ao do ano passado. Acreditamos que agora em janeiro vai melhorar. Além disso, muitos brasileiros deixam tudo para a última hora”, destacou.
A permissionária Maria Auxiliadora de Noronha (62) trabalha na feira de livros da Praça do Fripisa há 30 anos. Assim como os demais colegas, ela sentiu a baixa procura dos pais no mês de dezembro.
“Tem pais que só querem comprar os livros em janeiro, mas é melhor comprar logo, que ainda tem, porque depois que a procura começa, acaba rápido e fica difícil encontrar. Os pais querem aproveitar o final de ano para descansar, curtir as férias e deixam a compra do material escolar dos filhos para a última hora, mas se possível, venham logo garantir os livros”, destaca.
Uso de apostilas próprias pelas impactam no comércio local
Não é exatamente a Feirinha de Livros com o reaproveitamento de material que chama a atenção dos lojistas de Teresina. Prática comum em unidades de ensino em todo o uso de apostilas próprias pelas escolas é que realmente impacta nas vendas. Segundo o presidente do Sindilojas, Tertulino Passos, ao exigir o uso de material próprio ou produzido por redes credenciadas, as escolas entram em um setor que não é dela especificamente: o da venda de material didático.
“Por mais que seja da área do ensino, estão indo em uma atribuição que não é delas. O que a gente faz? Vem sempre trabalhando para que isso não tenha ima interferência muito grande. De qualquer forma impacta. Mas a gente tenta e está conseguindo ainda minimizar isso para que o comerciante não sinta”, finaliza.
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