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Polícia investiga se PM foi assassinado com tiro da própria arma no Parque Brasil III

No local, equipes da Polícia Civil não encontraram a arma do PM; porém há informações de que José Audi Silva teria saído com a arma.

08/07/2024 às 12h04

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) iniciou as investigações sobre a morte do sargento José Audi Silva, de 57 anos, na madrugada desta segunda-feira (08), no Parque Brasil III. De acordo com o delegado Robert Lavour, várias linhas de investigação estão sendo levadas em consideração pelos investigadores. Uma delas é a possibilidade da arma que foi utilizada para os disparos ser a do próprio PM.

Sargento é morto com tiro na cabeça no Parque Brasil III - (Reprodução / Redes Sociais) Reprodução / Redes Sociais
Sargento é morto com tiro na cabeça no Parque Brasil III

Inicialmente, trata-se de uma hipótese, que teria sido levantada por parentes, pelo fato do PM ter o porte de uma arma 380. Porém, o delegado afirmou que isso vai ser elucidado pelas investigações. “Nós não temos essa informação ainda oficializada. A gente pode garantir que a arma não foi encontrada com ele. Então, se ele saiu de casa com a arma e não foi encontrada, a arma foi subtraída. Mas no local a gente não tem essa informação para, nesse momento, definir que a arma dele foi utilizada no crime”, esclareceu o delegado.

Ainda segundo o delegado, as investigações já começaram a trazer alguns detalhes do passo a passo da vítima antes do crime. "Ele é morador da região do Parque Brasil III, o crime se deu próximo à residência dele e há informações preliminares colhidas pelo plantão que ele esteve em alguns estabelecimentos comerciais, um ou dois bares localizados também na região da Santa Maria”, disse Robert Lavour. 

Delegado Robert Lavour - (Arquivo O Dia) Arquivo O Dia
Delegado Robert Lavour

A gente tem os objetos que foram recolhidos no local do crime: estojos de uma pistola 380. Então possivelmente essa foi a arma utilizada no crime que vitimou esse militar na madrugada


Robert LavourDelegado - DHPP

Apesar das informações iniciais levantadas, o delegado afirmou que as investigações ainda estão muito precoces e que precisam de mais tempo para levantar dados contundentes que elucidem por quem e por quais motivos o PM foi morto. "A equipe está agora em campo, a equipe de seguimento, de investigação, tentando refazer os últimos passos do policial ontem lá na região da Santa Maria. Trata-se de uma morte violenta e carecemos de mais informações, de testemunhas, câmeras de segurança no intuito de entender essa dinâmica. O que é que ocorreu até chegar à situação dele ser vitimado com o disparo”, concluiu o delegado.

Entenda o caso

José Audi Silva, de 57 anos fazia parte da corporação como 1º Sargento e estava na ativa. O Sargento estava lotado na 4ª Cia do Batalhão de Guardas. O corpo dele foi encontrado após populares ouvirem os disparos. E ao saírem, perceberam o corpo da vítima no chão, ao lado da motocicleta que ele pilotava. O crime ocorreu próximo a residência da vítima e alguns populares o identificaram e acionaram a PM.

José Audi ingressou na Polícia Militar no dia 1º de agosto de 1989 e portanto iria completar 35 anos de corporação daqui a menos de um mês. Segundo a Major Luciana Leão, o crime ocorreu por volta da 3h50 da madrugada, quando a viatura tática foi acionada. “Chegando ao local foi constatado que era o Sargento Audi. Lá, tinham três estojos no chão. Então, subtende-se que os tiros disparados contra o policial, foram de uma pistola”, detalhou a Major da PM. José Audi Silva deixa esposa e filhos.

Em nota, PM lamentou o crime e prestou condolências à família

A Polícia Militar do Piauí lamenta a morte do 1° sargento José Audi Silva, de 57 anos, ocorrida na madrugada desta segunda-feira (08), na zona Norte de Teresina. O policial prestou relevantes serviços à Polícia Militar em 34 anos de corporação. O Sargento Audi, estava lotado na 4ª Cia do Batalhão de Guardas. Ele deixa esposa e filhos.

O Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí manifesta suas condolências pelo falecimento do policial e expressa solidariedade aos familiares, amigos e colegas de farda. Equipes do Centro de Assistência Integrada à Saúde (CAIS) e do Plano de Assistência Funerária (PLANAF) da PMPI prestam assistência para a família.

Neste momento, informamos ainda que todas as providências ao alcance das instituições de segurança pública estão sendo adotadas e empenhadas, principalmente no sentido do esclarecimento dos fatos, para identificação e prisão dos responsáveis. E que assim a justiça prevaleça sempre.


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