Certamente você já ouviu falar do dente siso! E na maioria das vezes, de forma negativa! O dente siso, oficialmente chamado de terceiro molar, é o último dente da cavidade oral. E por conta do mau posicionamento, costuma causar dores e até dificuldades de higienização e extração. Esses dentes remontam dos nossos antepassados. Em entrevista ao Bom Dia News, da O Dia TV, a cirurgiã-dentista Williane Cruz, trouxe os mitos e verdades acerca deste dente.
“Nossos antepassados, tinham uma arca dentária grande e comportava todos os dentes. Porém, com a nossa evolução, não era mais necessária uma arcada tão grande porque não precisamos mais comer tantas coisas duras como antigamente”, conta a cirurgiã-dentista. O dente surge geralmente entre 17 e 25 anos de idade. Em alguns casos, o terceiro molar pode crescer de forma normal, sem grandes problemas.
Porém, em outros casos, há possibilidades de agravamentos que necessitem de intervenção cirúrgica, por ser um dente que nasce em posições erradas. “Existem vários tipos de cirurgias, para extração, que vão depender do profissional, da técnica que ele utiliza, e depende de cada caso, porque o siso nasce diferente em todo mundo”.
Problemas que surgem durante a extração
Por ele ficar próximo a uma região nobre do corpo, que se chama nervo inferior, alguns pacientes relatam que há uma perda de sensibilidade após a extração. “Durante a cirurgia o cirurgião pode lesionar um nervo ou não e isso é previsto. Causando uma sensação de dormência, mas a maioria costuma voltar ao normal”.
A extração é mais fácil entre os mais jovens, até 25 anos, porque o osso está mais mole e depois disso, ele fica mais duro. E dá um pouco mais de dificuldade”. Sem contar que devido a difícil higienização no local, muitas vezes esse dente apresenta cáries e infecções, o que agrava sua extração.
Por isso, antes de qualquer intervenção cirúrgica é preciso saber o estado de saúde, se há problemas como diabetes ou outros que causem dificuldade de cicatrização ou infecções. A especialista é categórica ao afirmar que, “quando ele está em uma posição que vai trazer problemas posteriormente ou mesmo quando está em uma região que traz dificuldades de higienização, então é necessário extraí-lo”. Quando ele fica bem posicionado, não há necessidade de extração.
Para que o tratamento seja eficaz, é importante procurar um especialista em sisos. E a conclusão da extração se dá com um pós-operatório cuidadoso, por parte do paciente. "Não adianta o cirurgião fazer ali um procedimento limpo, tranquilo, cirúgico. E quando o paciente chega em casa, vai fazer estripulias. Damos orientações e quando o paciente não segue, pode colocar em risco todo o tratamento”.