Uma mensagem de esperança e reconstrução será o lema de seu terceiro governo, indicou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu discurso de posse na tarde deste domingo, 1º de janeiro, em sessão no Congresso Nacional. Lula prestou juramento da Constituição, assinou o termo de posse com uma caneta que ganhou de um cidadão no Piauí em 1989 e discursou para os congressistas. "Hoje a mensagem é de esperança e reconstrução", disse.
Em 30 min de discurso, Lula enalteceu a Democracia brasileira ao lembrar da polarização nas eleições de 2022 com as suspeitas levantadas pelo candidato Jair Bolsonaro sobre o sistema eleitoral do país. Lula usou o termo “Democracia para sempre” e “Ditadura nunca mais” para criticar Bolsonaro.
Foto: Roque de Sá / Agência Senado
“Apensar de tudo, a decisão das urnas prevaleceu graças a um sistema eleitoral. Foi fundamental a atitude corajosa do poder Judiciário, especialmente do TSE, para fazer prevalecer a verdade das urnas sobre as violências de seus detratores”, disse o presidente. Lula também recordou que encabeçou uma frente ampla que atraiu campos políticos diferente, uma referência a escolha de Geraldo Alckmin como vice-presidente.
“Renovo o juramente de fidelidade à Constituição, junto com vice e os ministros que conosco vão trabalhar. Se estamos aqui hoje é graças a consciência política da sociedade brasileira à frente democrática que formamos ao longo dessa campanha histórica”, disse o presidente.
Foto: Roque de Sá / Agência Senado
Lula disse que seu governo não será de revanchismo, contudo, declarou que “quem errou responderá por seus erros, dentro do devido processo legal. Ao ódio, responderemos com amor; à mentira com a verdade", disse.
O presidente citou que irá revogar os decretos que flexibilizaram a posse e porte de armas do governo Bolsonaro. Ele defendeu ainda uma política de desmatamento zero e a soberania nacional. Na área econômica, o presidente afirmou que o teto de gastos deverá ser revogado, enquanto voltou a destacar que o combate a fome será a prioridade do governo.