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Horário de verão não será adotado em 2024, decide governo Lula

A decisão foi comunicada após uma série de reuniões que avaliaram os impactos econômicos e energéticos da medida

16/10/2024 às 15h36

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (16) que o horário de verão não será adotado em 2024. A decisão foi comunicada após uma série de reuniões que avaliaram os impactos econômicos e energéticos da medida. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que não há necessidade de implementar a mudança neste ano, pois “a segurança energética do país está assegurada”.

Horário de Verão não será adotado em 2024, decide governo Lula - (Jailson Soares/ODIA) Jailson Soares/ODIA
Horário de Verão não será adotado em 2024, decide governo Lula

O ministro destacou que, apesar da crise hídrica enfrentada pelo Brasil, o planejamento e o aumento no nível dos reservatórios de água permitiram que o país mantivesse sua segurança energética sem a necessidade do horário de verão. “Chegamos à conclusão de que não há necessidade para este verão. Temos a segurança energética assegurada. É o início de um processo de restabelecimento da nossa condição hídrica”, afirmou Silveira.

Especialistas do setor elétrico se reuniram dez vezes nas últimas semanas para debater o tema, mas a conclusão foi de que a medida não era estritamente necessária para este ano. No entanto, a possibilidade de retomada do horário de verão será avaliada novamente em 2025.

Recomendações do ONS e economia de energia

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou a volta do horário de verão para enfrentar a crise hídrica que afeta o país. Segundo o ONS, a medida poderia reduzir em até 2% a demanda de energia nos horários de pico, o que representaria uma economia de até R$ 400 milhões ao evitar o uso de usinas termelétricas, mais caras e menos eficientes. A adaptação ao horário de verão também poderia beneficiar o comércio, especialmente bares e restaurantes, com maior movimentação no início da noite.

Apesar desses argumentos, o governo optou por manter o horário convencional em todo o território nacional, citando a segurança energética já assegurada.

A decisão de não adotar o horário de verão divide opiniões. Segundo uma pesquisa recente do Datafolha, 47% dos brasileiros são contrários ao retorno da medida, enquanto 6% se dizem indiferentes. Embora o horário de verão tenha sido defendido por setores como o comércio, ele também enfrenta críticas de pessoas que relatam dificuldades de adaptação e desconforto físico devido à mudança no relógio biológico.

O horário de verão foi implementado pela primeira vez no Brasil em 1931, no governo de Getúlio Vargas, e teve sua última aplicação em 2018. Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro decidiu encerrar a prática, alegando que a economia gerada já não era significativa e que parte da população enfrentava dificuldades de adaptação.

O ministro Alexandre Silveira reforçou que a decisão de não adotar o horário de verão em 2024 foi baseada em critérios técnicos, e não políticos. “Essa é uma decisão técnica. Só usaremos o horário de verão se ele for imprescindível para assegurar energia ao Brasil e reduzir os custos para os consumidores”, concluiu Silveira.


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