Isabel Veloso é uma jovem de 17 anos, natural do Paraná, que está enfrentando uma batalha contra um câncer terminal. Diagnosticada com Linfoma de Hodgkin, uma forma rara de câncer do sangue, Isabel compartilha diariamente sua jornada, realizações e desafios nas redes sociais, para mais de 1 milhão de seguidores.
Diagnosticada aos 15 anos, ela passou por inúmeras sessões de quimioterapia e até um transplante de medula óssea. Em novembro de 2023, Isabel alcançou a tão esperada remissão da doença. No entanto, apenas três meses depois, o câncer retornou de forma mais agressiva.
No dia 1º de março, Isabel compartilhou com seus seguidores o diagnóstico paliativo que recebeu dos médicos, com uma previsão de vida de apenas seis meses. Em uma publicação, ela se declarou ao então namorado, Lucas Borbas. “Dessa vez o câncer conseguiu. Apenas desejo que esses próximos e últimos 6 meses sejam os mais felizes e mais sinceros dos nossos corações. Meu amor, hoje eu entendo que não vim ao mundo para ser curada, mas para curar”, disse.
Após a publicação, a jovem foi acusada por internautas de estar mentindo sobre a sua condição e, por isso, decidiu compartilhar o laudo médico. "Eu não iria postar isso, porque não devo satisfação a ninguém. Mas recebi muitos comentários que para ser paciente “terminal” ou “paliativo” tenho que ter aspecto de morte ou estar acamada [...] Eu não preciso provar nada a ninguém, mas estou cansada de tanta fake news envolvendo meu nome ",comentou ela.
No laudo, os médicos afirmaram que a paciente não está respondendo ao tratamento quimioterápico e que se encontra “em cuidados paliativos exclusivos”.
Jovem diz que vai em busca dos sonhos e anuncia casamento
Apesar das adversidades, Isabel decidiu viver seus sonhos ao máximo. Ela se formou na escola, foi aprovada na universidade de psicologia e celebrou cada conquista ao lado de seus amigos e familiares.
Em uma demonstração de amor e compromisso, Isabel e Lucas decidiram se casar. "Que nossa história continue sendo tão encantadora e inspiradora quanto os filmes românticos que tanto amamos. Estou ansioso para viver cada novo capítulo ao seu lado, compartilhando momentos de amor, paixão e cumplicidade", compartilhou Lucas antes do pedido de casamento.
“Para você eu diria mil vezes sim”, escreveu Isabel. O casamento está marcado para o dia 13 de abril.
Estabilização do tumor
Recentemente, Isabel compartilhou uma boa notícia com seus seguidores: uma tomografia revelou a estabilização do tumor. Em uma publicação, ela destacou que está feliz com o resultado e que o tumor, que aoinda está pequeno, eatbalizou em seu crescimento.
“Graças a Deus, está dando tudo certo, quem sabe fico mais tempo por aqui. Estou muito feliz com isso. Queria agradecer a vocês por cada mensagem de carinho que recebi antes de realizar a tomografia”, disse a jovem.
O que é o Linfoma de Hodgkin?
O Linfoma de Hodgkin, também conhecido como doença de Hodgkin, é um tipo de câncer que se origina nos linfócitos, um tipo de glóbulo branco presente no sistema linfático. O sistema linfático é parte do sistema imunológico do corpo, responsável por combater infecções e doenças.
No Linfoma de Hodgkin, células anormais, chamadas de células de Reed-Sternberg, começam a se proliferar de forma descontrolada nos gânglios linfáticos, podendo se espalhar para outros órgãos do corpo. Essas células anormais são responsáveis por desencadear os sintomas característicos da doença, como o aumento de gânglios linfáticos, febre, sudorese noturna, perda de peso e coceira na pele.
O Linfoma de Hodgkin é diferenciado de outros tipos de linfoma pela presença dessas células de Reed-Sternberg nos tecidos afetados. É importante destacar que, embora o Linfoma de Hodgkin seja menos comum do que outros tipos de linfoma, como o Linfoma não Hodgkin, ele ainda pode representar um desafio significativo para o paciente e para os profissionais de saúde.
O tratamento para o Linfoma de Hodgkin geralmente envolve quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, terapias mais recentes, como terapia-alvo e imunoterapia. O prognóstico e a escolha do tratamento variam dependendo de fatores como estágio da doença, idade do paciente e resposta ao tratamento inicial.
Embora o Linfoma de Hodgkin possa ser uma doença grave, muitos pacientes respondem bem ao tratamento e têm uma boa qualidade de vida após a remissão da doença. No entanto, em casos mais avançados ou quando ocorre recidiva da doença, o prognóstico pode ser menos favorável, exigindo abordagens de tratamento mais agressivas e multidisciplinares.