O jogador Juan Manuel Izquierdo, de 27 anos, faleceu na noite desta terça-feira (27), conforme anunciado pelo clube Nacional, onde atuava. Izquierdo estava internado na UTI do Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, desde a última quinta-feira (22), após sentir-se mal durante uma partida da Copa Libertadores contra o São Paulo. De acordo com o boletim médico, a morte foi causada por morte encefálica, decorrente de uma parada cardiorrespiratória associada a arritmia cardíaca.
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Juan Manuel Izquierdo foi internado na última quinta-feira (22) após sentir-se mal durante a partida entre Nacional e São Paulo, válida pelas oitavas de final da Conmebol Libertadores. De acordo com boletim médico divulgado na segunda-feira (26), o jogador estava em estado crítico, dependente de ventilação mecânica e apresentava um quadro neurológico grave.
A morte foi anunciada primeiramente pelo Nacional, em uma publicação nas redes sociais. Depois da mensagem divulgada pelo clube uruguaio, diversos clubes e jogadores prestaram homenagem ao atleta. "Com a mais profunda dor e impacto em nossos corações, o Club Nacional de Football comunica o falecimento do nosso querido jogador Juan Izquierdo. Expressamos nossas mais sinceras condolências a sua família, amigos e colegas. Todo o Nacional está de luto por sua perda irreparável. Descanse em paz. Juan estará para sempre conosco", postou o clube uruguaio.
O Hospital Albert Einstein divulgou nota informando sobre a motivação da morte do lateral do Nacional-URU.
Confira a nota na íntegra:
O Hospital Albert Einstein informa, com pesar, o falecimento do Sr. Juan Manuel Izquierdo, ocorrido nesta terça-feira, 27 de agosto de 2024, às 21h38, em decorrência de morte encefálica após uma parada cardiorrespiratória associada à arritmia cardíaca.
Em nota, o São Paulo Futebol Clube time ao qual Izquierdo enfrentava no jogo em que passou mal publicou uma homenagem ao jogador: "Vivemos dias de orações, união e esperança, e hoje estamos em profunda tristeza com a notícia do falecimento de Juan Izquierdo, atleta do Nacional. Nossas condolências aos familiares, amigos, colegas de trabalho, torcedores do Nacional e a todo o povo uruguaio neste momento de dor. Um dia triste para o futebol. Descanse em paz, Juan". Juan deixa a esposa, e dois filhos, sendo que a mais nova nasceu há pouco mais de uma semana.
Relembre o Caso Serginho: outra tragédia no Morumbis
No dia 27 de outubro de 2004, o futebol brasileiro foi abalado por uma tragédia que ocorreu durante uma partida do Campeonato Brasileiro entre São Paulo e São Caetano, no Estádio do Morumbi, em São Paulo. O zagueiro Serginho, jogador do São Caetano, sofreu uma parada cardiorrespiratória em campo, levando ao seu falecimento e levantando questões sobre a saúde dos atletas e a estrutura do futebol no Brasil.
Aos 14 minutos do segundo tempo, Serginho, de 30 anos, caiu repentinamente no gramado, perto da grande área do São Caetano. A partida foi imediatamente interrompida, e jogadores dos dois times sinalizaram desesperadamente para que os médicos entrassem em campo. O jogador recebeu os primeiros socorros ainda no gramado, antes de ser levado ao Hospital São Luiz, localizado nas proximidades do estádio.
No entanto, apesar dos esforços da equipe médica, Serginho não resistiu e foi declarado morto pouco depois de dar entrada no hospital. A causa da morte foi confirmada como parada cardiorrespiratória. A morte de Serginho teve um grande impacto no futebol brasileiro. A partida entre São Paulo e São Caetano foi suspensa e, posteriormente, cancelada. O evento também gerou uma grande discussão sobre a saúde dos jogadores de futebol, com ênfase nos exames médicos e na prevenção de condições cardíacas que poderiam levar a situações similares.
Investigações posteriores revelaram que Serginho tinha um histórico de problemas cardíacos, que haviam sido detectados em exames anteriores, mas que não haviam impedido o jogador de continuar atuando profissionalmente. Este fato gerou críticas sobre a gestão dos clubes em relação à saúde de seus atletas e levou a uma maior rigidez nas exigências médicas para os jogadores.
O caso resultou em ações legais contra dirigentes do São Caetano e membros do departamento médico do clube, que foram acusados de negligência ao permitirem que Serginho continuasse a jogar, mesmo com o conhecimento de sua condição de saúde. Em 2007, três dirigentes do clube foram condenados por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, mas todos recorreram da decisão.
Legado e Mudanças no Futebol
A morte de Serginho levou a mudanças significativas nas normas de saúde para os jogadores de futebol no Brasil. As exigências para exames cardiológicos se tornaram mais rigorosas, e a fiscalização sobre a saúde dos atletas foi intensificada. Além disso, o episódio serviu como um alerta para a importância de se investir em equipamentos de primeiros socorros nos estádios. O caso Serginho permanece como um dos episódios mais tristes da história do futebol brasileiro, lembrando a todos os envolvidos no esporte sobre a importância de priorizar a saúde e a segurança dos atletas.
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