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Manifestações marcam seis anos da morte de Marielle Franco

Manifestação aconteceu nesta quinta (14) e contou com a participação de grupos de mulheres

14/03/2024 às 17h26

Seis anos após o brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, a dor da perda se mistura à indignação pela falta de respostas e à força do legado que a ativista deixou. Hoje, no Rio de Janeiro e em diversas cidades do país, atos e manifestações marcam a data, exigindo justiça e perpetuando a luta de Marielle por uma sociedade mais justa e igualitária.

Em outras cidades do país, como São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, também estão acontecendo manifestações. A hashtag #JustiçaParaMarielle e #6AnosSemMarielle ecoam nas redes sociais, amplificando o clamor por respostas e o compromisso com a luta por uma sociedade mais justa.

Manifestação liderada pela viúva Mônica Benício - (Tomaz Silva/agência Brasil) Tomaz Silva/agência Brasil
Manifestação liderada pela viúva Mônica Benício

Marielle era uma mulher negra, bissexual, nascida e criada na favela da Maré. Filha de Marinete da Silva, uma guerreira que hoje lidera o Instituto Marielle Franco, ela se tornou mãe aos 19 anos de Monique, sua única filha. Formada em Sociologia pela PUC-Rio, dedicou sua vida à defesa dos direitos humanos, das mulheres, da população negra e das comunidades periféricas.

Em 2016, foi eleita vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL, com mais de 46 mil votos. Sua atuação parlamentar era combativa e focada na defesa das minorias, na luta contra o racismo e a violência institucional, e na busca por soluções para os problemas das favelas.

Na noite de 14 de março de 2018, Marielle e Anderson foram covardemente assassinados a tiros. O crime, que chocou o país e o mundo, Ronnie Lessa é apontado como o assassino da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ele é sargento reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Apesar das prisões, a investigação ainda não chegou aos mandantes do crime. A família de Marielle e a sociedade civil cobram respostas e justiça, enquanto lutam para manter vivo o legado da vereadora.

"Quem mandou matar Marielle mal podia imaginar que ela era semente, e que milhões de marielles em todo mundo se levantariam no dia seguinte", afirma o Instituto Marielle Franco. A frase sintetiza a força do legado da vereadora, que se multiplicou em ações, projetos e na inspiração que ela continua a ser para tantas pessoas.

 

O Instituto Marielle Franco, criado pela família da vereadora, atua na defesa da memória de Marielle, na busca por justiça e na promoção de ações de impacto social. Através de projetos nas áreas de educação, comunicação, direitos humanos e cultura, o instituto busca perpetuar o legado da vereadora e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.