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PCC e Comando Vermelho se unem para dominar setores legais e lavar dinheiro no Brasil

A cooperação, antes considerada improvável devido à rivalidade histórica entre os grupos, representa uma nova configuração na atuação dessas organizações.

24/04/2025 às 15h02

24/04/2025 às 15h02

Relatórios recentes de investigação apontam uma aproximação entre as facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), com foco na inserção em atividades econômicas formais e no uso de estruturas empresariais para movimentação de recursos. A cooperação, antes considerada improvável devido à rivalidade histórica entre os grupos, representa uma nova configuração na atuação dessas organizações, com foco em setores sensíveis como combustíveis e internet.

PCC e Comando Vermelho se unem para dominar setores legais e lavar dinheiro no Brasil - (Arquivo Agência Brasil) Arquivo Agência Brasil
PCC e Comando Vermelho se unem para dominar setores legais e lavar dinheiro no Brasil

Com base nas investigações da Polícia Civil e do Ministério da Justiça, o PCC tem ampliado sua influência no mercado de combustíveis do Rio de Janeiro por meio do furto de dutos da Petrobras e da venda de combustível adulterado, enquanto o CV, com forte presença em comunidades cariocas, avança sobre o setor de internet. A facção cria empresas em nomes de terceiros, os chamados "laranjas" e, explorando lacunas regulatórias, estabelece monopólios locais de fornecimento.

De acordo com o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, esse modelo opera como uma nova "boca de fumo digital", já tendo motivado 210 ocorrências policiais em 2024, sendo 90 apenas no primeiro trimestre.

O governo federal tem adotado medidas para conter o avanço dessas facções. Em março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou ao Congresso a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública, defendida pelo ministro da Justiça Ricardo Lewandowski.

A medida busca integrar as forças policiais no combate ao crime organizado. Enquanto isso, o delegado Pedro Brasil, da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados, conduz investigações que ligam postos de combustíveis clandestinos ao PCC, utilizados para lavagem de dinheiro. Em paralelo, a Anatel reconhece que 890 empresas de internet atuam no Rio sem a devida outorga, o que permite que facções operem legalmente em um setor que movimenta bilhões sem fiscalização efetiva.


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Com informações de Sthefany Cavalcante

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