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Minha Casa, Minha Vida: 315 mil cadastrados no CadÚnico poderão receber imóvel gratuito; saiba como

O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que os imóveis serão gratuitos para os beneficiários, assim como todo o processo de acompanhamento.

26/04/2025 às 10h25

26/04/2025 às 10h25

O Governo Federal oficializou uma nova medida para ampliar o acesso à moradia de pessoas em situação de rua no Brasil. Na terça-feira (22), foi publicada a Portaria Conjunta entre o Ministério das Cidades, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, que estabelece a destinação de 3% das unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), na modalidade Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), para essa população. Saiba como participar no final da matéria.

Minha Casa, Minha Vida: 315 mil cadastrados no CadÚnico poderão receber imóvel gratuito; saiba como - (Divulgação/Ministério das Cidades) Divulgação/Ministério das Cidades
Minha Casa, Minha Vida: 315 mil cadastrados no CadÚnico poderão receber imóvel gratuito; saiba como

A iniciativa integra o Plano Ruas Visíveis, lançado em 2023, e tem como meta inicial a entrega de cerca de mil unidades habitacionais em 38 municípios, incluindo todas as capitais brasileiras. O objetivo é oferecer moradia digna a uma das parcelas mais vulneráveis da população, além de promover a inclusão social e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

O programa vai beneficiar pessoas cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) como em situação de rua. Atualmente, mais de 315 mil pessoas estão registradas nessa condição, embora o número real seja considerado ainda maior devido a dificuldades de documentação e estigmatização.

De acordo com a Portaria nº 738, os beneficiários serão indicados quando as obras atingirem 50% de execução física, com previsão média de entrega em 18 meses. Terão prioridade famílias com crianças e adolescentes, mulheres, pessoas trans, idosos, pessoas com deficiência, indígenas e indivíduos que tenham trajetória de acolhimento por redes de assistência social.

Além da entrega dos imóveis, o governo implementará ações de Trabalho Social específicas para apoiar a adaptação dos novos moradores. Essas ações incluem acompanhamento pré e pós-ocupação, articulação com políticas públicas de saúde, educação e geração de renda, e apoio psicológico e social. O objetivo é evitar o abandono das moradias e garantir a construção de autonomia e estabilidade para os beneficiados.

O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que os imóveis serão gratuitos para os beneficiários, assim como todo o processo de acompanhamento. O trabalho conjunto com os entes locais garantirá que o suporte à população em situação de rua seja contínuo e articulado com as redes de proteção social.

“As casas serão doadas, a partir do MCMV com orçamento da União. Terá também acompanhamento e trabalho prévio com as famílias, de forma a inseri-las no mercado de trabalho; de colocar as crianças na escola”, disse o ministro em entrevista a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

Como participar do Minha Casa, Minha Vida?

Para participar do programa "Minha Casa, Minha Vida", é necessário seguir alguns passos e atender aos critérios de seleção estabelecidos pelo governo federal. O programa é destinado a famílias de baixa, média renda e, agora, também famílias de classe média, com o objetivo de facilitar o acesso à casa própria. Abaixo os principais requisitos e etapas para participar estão:

Faixas de renda:

O Minha Casa, Minha Vida é dividido em faixas de renda, o que determina a forma de acesso ao programa, sendo elas:

Para áreas urbanas:

  • Faixa Urbano 1: Famílias com renda bruta familiar mensal até R$ 2.850;
  • Faixa Urbano 2: Famílias com renda bruta familiar mensal de R$ 2.850,01 até R$ 4,7 mil;
  • Faixa Urbano 3: Famílias com renda bruta familiar mensal de R$ 4.700,01 até R$ 8,6 mil;
  • Classe Média: Famílias com renda bruta familiar mensal de R$ 8,6 mil até R$ 12 mil.

Para áreas rurais:

  • Faixa Rural 1: Famílias com renda bruta familiar anual até R$ 40 mil;
  • Faixa Rural 2: Famílias com renda bruta familiar anual de R$ 40.000,01 até R$ 66 mil;
  • Faixa Rural 3: Famílias com renda bruta familiar anual de R$ 66.600,01 até R$ 120 mil.

Cada faixa de renda tem condições diferentes de subsídio e financiamento, sendo que as famílias com renda mais baixa recebem maiores subsídios e juros menores. Para a nova faixa da classe média, é possível adquirir imóveis de até R$ 500 mil, com prazo de pagamento de até 420 meses e juros nominais de 10% ao ano, abaixo dos praticados pelo mercado.

Inscrição:

As inscrições no programa podem ser realizadas de duas formas:

  • Via Prefeitura ou Governo Estadual: Em muitos casos, as prefeituras ou governos estaduais organizam cadastros locais para famílias interessadas. É importante verificar se sua cidade realiza esse tipo de inscrição.
  • Diretamente com a Caixa Econômica Federal: Para algumas faixas de renda, é possível realizar a inscrição diretamente nas agências da Caixa, que é o banco operador do programa.

Critérios de seleção:

Os critérios de seleção variam de acordo com a faixa de renda e a cidade, mas, em geral, o processo de escolha das famílias leva em consideração fatores como:

  • Renda familiar: É o principal direcionador para determinar a faixa de subsídio.
  • Situação de vulnerabilidade: Famílias em situação de extrema pobreza ou que vivem em áreas de risco podem ter prioridade.
  • Composição familiar: Famílias com pessoas idosas, com deficiência, mulheres chefes de família ou com crianças pequenas podem ter preferência.
  • Não ter imóvel próprio: A família não pode possuir outro imóvel residencial em seu nome.

Novidades do programa:

Uma nova diretriz do Minha Casa, Minha Vida destina 3% das moradias financiadas pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) para pessoas em situação de rua ou com trajetória de rua, com financiamento integral do Governo Federal. A iniciativa prioriza 38 municípios, incluindo todas as capitais brasileiras e cidades com mais de mil pessoas cadastradas como “sem moradia” no CadÚnico.


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Com informações do Governo Federal.

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