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Repensando o consumo: o papel da sustentabilidade

A sustentabilidade visa promover um estilo de vida que seja ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente justo

30/03/2024 às 09h50

30/03/2024 às 09h50

Muito se tem ouvido sobre sustentabilidade. O termo acabou se tornando um “lugar comum”: as pessoas ouvem falar, mas nem sempre aplicam efetivamente princípios sustentáveis em suas vidas ou em suas organizações. No entanto, por trás dessa palavra tão difundida nos últimos anos, existe um conceito fundamental para assegurar um futuro viável.

A sustentabilidade busca o equilíbrio econômico, social e ambiental, de modo a garantir o bem-estar das atuais e das futuras gerações. Ela visa promover um estilo de vida e um modelo de desenvolvimento que sejam ecologicamente corretos, economicamente viáveis e socialmente justos, buscando atender às necessidades das pessoas sem comprometer o meio ambiente ou prejudicar outras comunidades.

A sustentabilidade  visa promover um estilo de vida e um modelo de desenvolvimento que sejam ecologicamente corretos - (Freepik) Freepik
A sustentabilidade visa promover um estilo de vida e um modelo de desenvolvimento que sejam ecologicamente corretos

Para muitos especialistas, ser sustentável não deve ser somente uma escolha individual, mas uma ação necessária e coletiva. Isso porque, no mundo atual, os desafios ambientais e sociais estão cada vez mais urgentes. 


“Só temos um planeta, nossa casa comum, e é nosso dever cuidar dela. O Brasil é vasto, com características únicas em cada lugar. Todos devemos buscar a sustentabilidade em nosso cotidiano, seja em casa ou no trabalho. É uma responsabilidade que nem todos assumem, mas é essencial”.

Caroline MacielBióloga e Analista de sustentabilidade

Mas afinal, como podemos incorporar práticas sustentáveis em nosso cotidiano? O primeiro passo é começar com uma pequena, porém significativa, atitude: o consumo sustentável. Escolher produtos que foram fabricados de maneira ambientalmente responsável e com menor uso de recursos naturais é uma maneira de contribuir para o meio ambiente e reduzir o impacto ambiental.

Um exemplo desse tipo de produção é a Trapos e Fiapos, uma fábrica piauiense de tecelagem localizada no povoado de Santa Rita, a poucos quilômetros de Teresina, no Piauí. Com mais de 40 anos de história, a empresa é referência em produtos sustentáveis e de alta qualidade, feitos à mão. 

A empresária Nara Melo deu continuidade ao negócio da mãe, criado em 1984, com uma produção sustentável de tapetes, puffs, almofadas e cortinas, a partir da fibra natural do buriti. Por meio do trabalho de artesãos, a matéria-prima é transformada em peças sustentáveis com responsabilidade social.

“Aprendo todos os dias com esse trabalho, que para mim é inspirador e emocionante. Mas, acima de tudo, com a crescente demanda pela sustentabilidade, compreendi que é viável produzir de forma sustentável sem prejudicar o meio ambiente”, explica a empresária. 

A fábrica piauiense Trapos e Fiapos trabalha com produção artesanal sustentável  - (Reprodução/Instagram) Reprodução/Instagram
A fábrica piauiense Trapos e Fiapos trabalha com produção artesanal sustentável

Além do uso das fibras naturais, outro exemplo de sustentabilidade está no material descartado na tecelagem, que pode ser usado como adubo natural, aplicado em árvores cujos frutos são distribuídos entre os funcionários. A Trapos e Fiapos também capta carbono através da agrofloresta

"Ser sustentável é uma escolha de consumo, especialmente nesse mundo de consumo em que somos muito influenciáveis. Às vezes, fazer uma boa escolha de consumo faz uma grande diferença. A gente não precisa de uma transformação universal do viver, mas são coisas simples na hora de escolher o produto que vou usar”, destaca Nara Melo.

A sustentabilidade está interligada com a nossa própria sobrevivência. É uma chamada para a ação, uma oportunidade de repensar nossas interações com o mundo que habitamos. E é nesse contexto que se insere o Grupo dos Vinte (G20), considerado o principal fórum de cooperação econômica internacional. 

Composto pelas maiores economias do mundo, como a África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália e Canadá, o G20 discute, anualmente, iniciativas econômicas, políticas e sociais, além de traçar estratégias internacionais para os problemas que afligem o mundo, como as mudanças climáticas e os desafios ambientais. 

G20 será sediado no Brasil em 2024 - (Agência Brasil) Agência Brasil
G20 será sediado no Brasil em 2024

Este ano, o Brasil sediará o G20, com destaque para a inclusão de cidades de todas as regiões do país, inclusive Teresina, no Piauí. Os principais temas discutidos nesta edição 

serão o comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção. 

Na capital do Piauí, o encontro ocorrerá entre os dias 22 e 24 de maio e vai tratar sobre o combate à fome, à pobreza e à desigualdade. A inclusão de Teresina e de outras capitais fora do eixo Sul-Sudeste representa uma inovação nesta edição do Brasil. A descentralização das atividades tem como objetivo transformar o G20 em um fórum mais inclusivo e acessível, ampliando sua representatividade.

Além de Teresina, o Brasil vai receber reuniões do G20 em Brasília (DF), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Foz de Iguaçu (PR), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA) e São Luís (MA).