Um ataque de uma praga em lavouras de mandioca tem deixado um rastro de prejuízos a dezenas de produtores no Sul do Piauí. Em pelo menos três municípios, Monsenhor Hipólito, Marcolândia e Simões, já há relatos de ataques da espécie de lagarta que provoca a desfolha das plantas.
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi) afirmou que no município de Monsenhor Hipólito os ataques têm sido intensos. Os produtores de Simões, por sua vez, disseram que as lagartas migraram que faveleira, uma planta nativa da flora da região, para os cultivos de mandioca.
O gerente de Defesa Vegetal da Adapi, Ozael David, explicou que técnicos juntamente com membros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PI) e da Associação dos Engenheiros Agrônomos da Macrorregião de Picos (AEAMP) estiveram na região para investigar a presença da praga.
“Os espécimes coletados foram encaminhados à Embrapa Meio Norte para identificação em laboratório e comparação do material coletado no cultivo de mandioca e na faveleira. Dentro de 15 dias teremos uma confirmação parcial, se essa praga é apenas o mandarová ou se há alguma outra”, ressalta.
O secretário de Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), Fábio Abreu, antecipou que as primeiras coletas de material apontam que a praga pode se tratar da espécie Erinnyis ello, que é conhecida como mandarová da mandioca. As fêmeas dessa espécie podem depositar até 1.850 ovos.
“A ação se deu em resposta ao contato de produtores que relataram danos causados por lagartas em cultivos de mandioca nos municípios. Nossa equipe se organizou e esteve nos locais, realizando a coleta de material e avaliando as possíveis medidas de controle a serem tomadas”, explicou Fábio Abreu.
A principal suspeita Sada é que o ataque possa estar associado ao período chuvoso irregular e às temperaturas elevadas. O órgão comentou que caso seja confirmada a presença da espécie, o controle pode ser realizado através por meio da aplicação e produtos químico.