O pai do bebê de um ano que engoliu pregos no município de Pedro II voltou a ser preso nesta quarta-feira (20) por descumprir medida protetiva de urgência da lei Maria da Penha contra a mãe da criança. Identificado pelas iniciais A.F, ele havia sido solto na última segunda-feira (18) após a polícia não encontrar materialidade do crime de estupro que ele supostamente teria praticado contra o bebê.
Na terça-feira da semana passada, dia 12 de dezembro, A.F foi conduzido para a delegacia de Pedro II por ter agredido a companheira. Preso por lesão corporal, ele passou por audiência de custódia no dia seguinte (quarta-feira, 13) e foi solto provisoriamente pela justiça com aplicação de medidas cautelares, dentre elas a medida protetiva que o impedia de se aproximar da vítima.
No entanto, na sexta-feira (15), ele descumpriu esta medida protetiva de urgência. É o que explica o delegado Júlio Carvalho, titular da Delegacia de Pedro II.
“Este foi o último contato que ele teve com a família, ou seja, a esposa e o bebê. Ele se aproximou das vítimas ameaçando-as. Três dias depois, ele foi preso pela suspeita do estupro ao bebê. No entanto, diante da falta de materialidade do suposto crime e como já não havia mais prazo de flagrante do descumprimento da medida protetiva, a lei impôs que ele fosse liberado. Fizemos um pedido de prisão preventiva por isso e esse pedido só foi deferido ontem, quando nós o prendemos novamente”, explicou o delegado.
A.F encontra-se detido na Delegacia de Pedro II por lesão corporal e descumprimento de medida protetiva de urgência da Lei Maria da Penha. Paralelo a isso, a polícia segue realizando diligências e colhendo depoimentos a respeito do processo pelo suposto crime de estupro contra o bebê de um ano.
Muito embora a mãe tenha negado as acusações atribuídas a A.F e os exames de corpo de delito não tenham detectado indícios de estupro no bebê, o delegado Júlio explica que a polícia precisa cumprir seu papel de entregar à sociedade os fatos devidamente esclarecidos.
“Nós temos vários procedimentos policiais contra este indivíduo, ele já foi preso em diversas condições, já fizemos vários flagrantes no sentido de ele ter agredido a companheira e chegamos inclusive a levar ao judiciário. Então estamos falando de um indivíduo com extensa vida pregressa no crime e isso deve ser considerado. Por isso estamos dando continuidade às investigações para dar uma resposta satisfatória esclarecendo o que aconteceu e, inclusive, o que não aconteceu”, finaliza o delegado.