Entre as vítimas do envenenamento ocorrido na cidade de Parnaíba, nesta quarta-feira (1º), estão três irmãos dos meninos João Miguel, 7 anos, e Ulisses Silva, 8 anos, mortos no ano passado após consumirem cajus envenenados. A mãe das crianças, Francisca Maria Silva, também está entre os familiares que foram internados após supostamente ingerirem alimentos intoxicados. Até o momento, uma pessoa morreu e oito estão internadas.
Segundo a Polícia Militar, as vítimas são:
- Lauane Fontenele, Maria Gabriela e Davi (os três são crianças e irmãos de João Miguel e Ulisses);
- Francisca Maria Silva (irmã de Manoel, a vítima fatal, e mãe de Lauane, Gabriela e Davi);
- Lívia Maria Leandra (irmã de Manoel)
- Francisco de Assis Pereira da Costa (padrasto de Manoel)
- Jhonatas Albert Pereira da Silva
- Maria Jocilene da Silva (mãe de Jhonatas)
- Manoel Leandro Silva (tio de João Miguel e Ulisses)
Ainda de acordo com a PM, as quatro crianças - Lauane, Maria Gabriela, Davi e Jhonatas - foram encaminhadas ao Hospital Nossa Senhora de Fátima para serem estabilizadas. Já os adultos – Lívia, Francisca Maria, Francisco de Assis e Maria Jocilene – foram encaminhados ao Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA).
O que chamou atenção dos peritos é que os familiares apresentavam os mesmos sintomas que Ulisses e João Miguel, mortas por envenenamento no ano passado. De acordo com perito-geral do Instituto Médico Legal do Piauí, o médico-legista Antônio Nunes, foram colhidas amostras de urina e de sangue das vítimas que estão internadas. De Manoel, a polícia já extraiu o estômago para fazer a perícia e determinar qual substância exata ele havia ingerido e que pode ter causado seu óbito.
Os sintomas apresentados pela família incluíam diarreia, crise convulsiva, cólicas abdominais, falta de ar e tremores. São os mesmos sintomas apresentados por Miguel e Ulisses antes de serem hospitalizados em agosto de 2024 no HEDA. As crianças vieram a óbito semanas depois. “São sintomas típicos de intoxicação por organofosforados e outros que possam ser similares. Neste grupo inclui-se chumbinho, pesticidas e inseticidas
O IML deve solicitar ainda de oito a nove exames para poder afirmar com certeza o que teria causado a intoxicação. Da casa das vítimas foram recolhidos todos os alimentos cozidos e as manjubinhas que teriam sido consumidas pela família antes de apresentarem os sintomas. A polícia também está fazendo coleta da água de uma lagoa próxima à residência das vítimas onde populares relataram haverem peixes mortos.
A estimativa é de que em até dez dias os exames toxicológicos fiquem prontos para que a polícia possa dar andamento ao inquérito que foi aberto.
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