Em meio a um conflito cada vez mais devastador, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (19) que a guerra contra Hamas será prolongada. As mortes já ultrapassaram 5 mil, com 3.785 óbitos registradas do lado palestino e 1.402 vítimas em solo israelense.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, entre essas vítimas palestinas, 1.524 são crianças, mil mulheres e 120 idosos. Além disso, 12.493 pessoas ficaram feridas, incluindo 3.983 crianças e 3.300 mulheres. Outras informações dão conta de que 44 profissionais de saúde foram mortos e 70 ficaram feridos em ataques a hospitais e centros de atendimento de pacientes.
O sistema de saúde em Gaza está com 23 ambulâncias fora de serviço devido a ataques aparentemente deliberados por forças israelenses. O Ministério da Saúde alerta que 19 unidades de saúde foram direta ou indiretamente visadas, colocando em risco a capacidade de atendimento médico na região, devido a cortes de energia e à grave escassez de combustível.
A atual escalada de violência foi desencadeada pelo ataque surpresa do grupo palestino Hamas a Israel em 7 de outubro, no qual mataram pelo menos 1.400 pessoas e capturaram reféns. Em resposta, Israel lançou uma série de bombardeios que já resultaram em mais de 2.700 mortes, e anunciou uma iminente ofensiva por ar, terra e mar contra o território.
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O Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, prega a substituição de Israel por um Estado islâmico. Especialistas especulam que o ataque surpresa aconteceu em virtude de tensões que já vinham crescendo no território. Este ano, foi registrado um grande número de palestinos mortos na Cisjordânia ocupada por Israel, o que pode ter motivado o Hamas a agir.
Essa longa guerra tem causado uma imensa tragédia humanitária na região, onde mais de 2,2 milhões de pessoas estão encurraladas em um território de 41 km de comprimento e 10 km de largura. A ONU estima que mais de 75% da população, cerca de 1,7 milhões de pessoas, são refugiados, e mais de 500 mil deles vivem em acampamentos superlotados.
Israel controla o espaço aéreo sobre Gaza e sua costa, enquanto restringe rigorosamente o movimento de pessoas e mercadorias por meio de suas passagens fronteiriças. Da mesma forma, o Egito controla o acesso à sua fronteira com Gaza. Enquanto o conflito persiste, a comunidade internacional busca maneiras de conter a escalada de violência e encontrar soluções para essa crise humanitária em curso.