O ex-prefeito de Teresina, Silvio Mendes, falou nesta sexta-feira (14) sobre o retorno ao PSDB e não poupou críticas à gestão de Dr. Pessoa (MDB) durante entrevista ao jornal O Dia News, da O Dia TV, filiada à Rede TV no Piauí.
“Eu confirmo minha volta ao PSDB. Quando eu deixei a prefeitura, a gestão era aprovada por 92% da população de Teresina e isso era assustador porque a cada 100 teresinenses, 92 concordavam com a forma de gestão da cidade e isso aumentava ainda mais a responsabilidade. Portanto, isso foi um prêmio da equipe por ter se dedicado a Teresina”, disse.
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Questionado sobre a forma de oposição dos vereadores da Capital em relação as ações do executivo, o ex-gestor foi enfático ao esclarecer que a oposição não é apenas ser do contra, mas exercer uma função delegada pela população. Caso contrário, segundo ele, seria uma “burrice sem tamanho”.
“Eu acredito que política é a missão de servir a população. Se ela tem essa missão, ela não pode se apequenar com atividades políticas menores. Eu confesso que o meu maior desejo nesse campo é poder aplaudir a gestão do prefeito Dr. Pessoa, já que ele é homem com uma história bonita, inclusive, com mais dificuldades que a minha. Mas os vereadores têm posições de cobranças seja a favor ou contra para exercer aquilo que a população delegou como parlamentar do município. Mas a oposição não deve ser contrária a toda posição do executivo somente pelo fato de ser oposição. Para mim, nesse caso seria uma burrice sem tamanho”, disse Sílvio Mendes.
Foto: Assis Fernandes / O Dia
Mendes descartou que nesse momento tenha interesse em disputar cargo eletivo para o próximo ano, mas se deixou aberto a possibilidades. Ele declarou que sua família é contra seu retorno para a política porque durante 18 anos que assumiu cargos públicos ficou distante dos familiares.
“Não tenho interesse. A minha família é contra por unanimidade e eu não tenho nenhum projeto político a curto prazo. Aí você me pergunta, mas pode? Sempre pode. Acho que falar nunca é uma palavra muito forte. Não é só se precisar, já que é necessário ter vários pré-requisitos cumpridos. A minha família precisa concordar porque me distanciei dela durante 18 anos e isso foi um preço muito caro, apesar de eu não me arrepender. A gente fez o melhor que a gente podia fazer e teve muitas falhas sim, mas tivemos muitos acertos. Eu acho que cada cidadão precisa se preocupar com a coletividade”, finalizou.