O plenário do Senado Federal aprovou no final da tarde desta terça-feira (23) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que adia as eleições municipais de 2020. Com a aprovação, o primeiro turno fica marcado para o próximo dia 15 de novembro e o segundo turno para o dia 29 de novembro.
Senadores discutem PEC que adia eleições municipais (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
O relatório feito pelo senador maranhense Weverton Rocha (PDT) contou com o voto favorável dos senadores piauienses Elmano Ferrer (Podemos) e Marcelo Castro (MDB). Já o senador Ciro Nogueira (Progressistas) votou contra ao adiamento das eleições, inicialmente marcadas para o dia 04 de outubro.
Ao justificar sua posição, Ciro Nogueira afirmou que o adiamento para o mês de novembro pode ter um efeito contrário, pois, segundo ele, aumentaria o tempo de campanha. O parlamentar apresentou um destaque propondo o adiamento do pleito para 2022, proposta que não foi aceita pelo plenário do Senado.
“Eu divirjo totalmente do entendimento de alguns sanitaristas no que diz respeito a que o adiamento vai ajudar a população. Vai é atrapalhar. No meu estado, por exemplo, a campanha já começou, travestida de pré-campanha. Se adiarmos em mais 30 ou 40 dias, apenas iremos aumentar o período de campanha. As pessoas já estão se reunindo, fazendo reuniões travestidas de pré-campanha”, argumentou Ciro.
O texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que adia as eleições municipais foi aprovado, em dois turnos, por 67 votos a 8, entre os parlamentares que participaram da sessão virtual. Duas abstenções foram registradas.
A matéria deve seguir agora para a análise da Câmara dos Deputados, que também deve votar o texto em dois turnos.
Por: Natanael Souza