Durante
a leitura da mensagem do Executivo, na aberturada da 3ª Sessão Legislativa da
19ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Piauí, o governador Wellington
Dias, fez críticas ao Governo Federal em relação à assistência aos estados brasileiros
em meio à pandemia. O chefe do executivo destacou que os governadores se
articularam para buscar estratégias de enfrentamento ao Covid-19.
“De acordo com o IPEA, 4,32% dos domicílios (2,95 milhões) sobreviveram apenas com os rendimentos do auxílio. Tivemos de suportar a falta de organização do Governo Federal, que deixou os estados desassistidos em várias ocasiões. Por meio do Fórum dos Governadores e do Consórcio Nordeste, apresentamos propostas de um plano para trabalharmos de forma coesa e organizada os efeitos da crise, principalmente no âmbito econômico e social e, ainda, na criação de estratégias de retomada da economia”, disse.
Dias acrescentou que a prioridade do Piauí era preservar vidas e atender às necessidades básicas dos mais vulneráveis, procurando manter o equilíbrio fiscal e preservar a economia.
Economia
A economia do país sofreu o impacto do fechamento de empresas e de vagas de trabalho. Os dados do IBGE revelam que o número de desempregados chegou a 14,1 milhões de brasileiros, sendo que aproximadamente 41% dos domicílios receberam o auxílio emergencial.
O governador Wellington Dias falou do programa PRO PIAUÍ para definir regras de uma retomada organizada, com o mínimo de riscos para a saúde e o máximo de ganhos econômicos possível. Foram estabelecidos critérios que levaram em consideração 30% da economia e 70% da saúde, tendo como balizador o controle da transmissão e dos riscos de surto do vírus, medidas preventivas nos locais com circulação de pessoas, ações de integração e, principalmente, com a colaboração de todos em manter as regras sociais.
Combate à pandemia
Em agosto de 2020, o Piauí foi destaque nacional, de acordo com o IPEA, ficando em primeiro lugar entre os estados da Federação na aplicação de medidas de distanciamento. As providências adotadas com antecedência para garantir o isolamento social fizeram com que os números se mantivessem em índices razoavelmente compreensíveis.
Ao tempo em que foram realizadas ações que garantissem o atendimento imediato aos doentes, foram estabelecidos protocolos e normativas para o funcionamento dos setores econômicos essenciais, com orientação de procedimentos bem definidos. Cerca de 160 mil pessoas foram internadas, receberam alta e, felizmente, alcançaram a recuperação na rede de saúde ou ainda com tratamento feito em casa.
O número de leitos exclusivos para atendimento de pacientes com Covid-19 foi ampliado. Os leitos de UTI passaram de 148 para 544 leitos com respiradores, e 1.100 leitos clínicos. Elevou-se em 173% a quantidade de leitos de estabilização, que passaram de 26 para 71, possibilitando, assim, a recuperação de 139.938 pessoas.
Foi construído um hospital de campanha em Teresina, que, em três meses de funcionamento, fez 402 atendimentos e deu alta a 394 pacientes, concluindo sua missão com 98% de êxito no atendimento humanizado dos pacientes e colaboradores. A diminuição da ocupação de leitos nos hospitais da rede pública foi determinante para a decisão do fechamento do hospital.
O governo realizou parcerias com hospitais privados para garantir mais leitos, contratamos novos profissionais, abastecemos os hospitais com mais de três milhões de EPIs e testes rápidos, fortalecemos o Lacen para proceder a análises dos resultados de testes, e realizamos barreiras sanitárias nas divisas com outros estados. Além disso, implantou o Programa Busca Ativa para detecção precoce, testagem, isolamento e monitoramento dos casos de pessoas infectadas antes de chegarem ao hospital com quadro de saúde piorado.