Parlamentares piauienses confirmaram que participarão
remotamente da sessão extraordinária conjunta do Congresso Federal, nesta segunda (09). A sessão foi convocada
pelo presidente Rodrigo Pacheco na noite do último domingo (08). Os detalhes da sessão, que ocorrerá no final
da tarde de hoje, ainda não foram definidos, porém com a depredação do plenário
do Senado federal e da Câmara a participação presencial dos parlamentares está
descartada. Alguns dos senadores e deputados do Piauí viajarão ao Distrito
Federal ainda nesta segunda.
A convocação extraordinária do parlamento foi feita para
analisar o decreto presidencial que instituiu intervenção federal na gestão da
segurança pública do Distrito Federal (Decreto 11.377, de 2023). O decreto veio
como consequência da invasão e depredação do Congresso, do Palácio do Planalto
e do Supremo Tribunal Federal (STF).
O deputado federal Merlong Solano (PT) confirmou que
participará da sessão e aguarda uma definição do Presidente Rodrigo Pacheco. “Estou
em Teresina, irei a Brasília amanhã. Participarei de forma remota da sessão do
congresso nacional que deverá ser no final do dia, ainda não temos a hora exata
marcada. Em princípio a sessão ocorrerá no início da noite”, afirmou.

FOTO: Reprodução Agência Senado
Já o deputado Fábio Abreu (PSD) confirmou a sua ida a
Brasília ainda hoje. “A respeito desta tragédia que aconteceu em Brasília, destes
atos terroristas que ocorreram ontem, espero que as autoridades tomem as
medidas para punir os envolvidos. Repudio esses ataques à democracia.
Estarei ainda hoje em Brasília
acompanhando as consequências dessa tragédia e cobrando punição aos envolvidos”,
disse o deputado.
O decreto presidencial justifica a intervenção para
"pôr termo a grave comprometimento da ordem pública". Neste caso, a
intervenção depende da aprovação do Congresso. Segundo o ato convocatório,
o Congresso fica convocado "durante o prazo necessário" para decidir
sobre o decreto. Os parlamentares não receberão ajuda de custo para o
comparecimento durante a convocação extraordinária.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo
Garcia Cappelli, foi nomeado como interventor e exercerá o controle operacional
de toda a segurança pública do Distrito Federal. Ele responderá diretamente à
Presidência da República e poderá requisitar servidores e recursos financeiros
e tecnológicos de órgãos civis e militares da administração pública.
“Coisa de golpistas”, diz
Wellington Dias sobre atos antidemocráticos
Políticos piauienses se manifestaram contra os atos
antidemocráticos ocorridos em Brasília neste domingo (08). O Ministro do
Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e ex-governador
do Piauí, Wellington Dias, considerou a invasão aos Três Poderes como “coisa de
golpista”.
“Claramente houve uma massa de manobra entre os presos, mas
também haviam criminosos com alvos certos: roubaram documentos importantes da
ABIN, setor de armamentos, HD de computadores, entre outros. Isso tudo sem
falar da triste destruição às obras de arte e a estrutura dos edifícios … Em
resumo: coisa de golpistas!”, disse em publicação feita em suas redes sociais.
Ainda ontem, Dias acompanhou o presidente Lula junto com a
primeira dama Janja, juntamente com outros ministros, em visita às áreas
depredadas no Planalto e no Supremo Tribunal Federal (STF). “Concluo que as ações de ontem não foram
apenas vandalismo, pois partiu de gente do mal, terroristas”, enfatiza.
O Senador Marcelo Castro, do MDB, enfatizou que os
criminosos deverão ser identificados e punidos, bem como os financiadores. “O
Distrito Federal está sob intervenção federal na segurança e a ordem será
restabelecida. O Congresso Nacional já está convocado para apreciar o decreto
de intervenção. Estamos unidos em defesa do Estado Democrático de Direito. O recado
do presidente Lula foi claro: criminosos que participaram de atos
antidemocráticos e depredaram o patrimônio público serão identificados e
punidos. Assim como os financiadores desses atos golpistas. O Brasil precisa,
mais do que nunca, estar unido para defender, de forma implacável, a nossa
democracia”, completou.
Fonte: Com informações Agência Senado
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