O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, defendeu neste domingo (13/11) que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição inclua apenas a manutenção do auxílio de R$ 600,00 e o aumento do salário mínimo acima da inflação, que são pontos em comuns defendidos pelas campanhas de Lula e Bolsonaro.
Para o ministro, não deve conter na proposta, por exemplo, o acréscimo de R$ 150,00 por criança de até seis anos prometidos por Lula. “Todos os outros temas da agenda do novo governo merecem ser, primeiro, conhecidos, assim como sua política econômica. E, depois, discutidos com a legitimidade do novo Congresso”, escreveu no twitter.
Foto: Assis Fernandes / O Dia
A equipe do presidente eleito elabora com o senador Marcelo Castro (MDB), relator geral do Orçamento, um texto que pode incluir também no pacote que abre espaço fora do teto de gasto para mais recursos para o programa Farmácia Popular e para saúde dos povos indígenas; e ainda a correção da tabela do imposto de renda e montantes para obras públicas.
Presidente licenciado do Progressistas, Ciro Nogueira defendeu também que as medidas sejam válidas apenas para o primeiro ano do novo governo. “O posicionamento que defenderei no Progressistas é o de aprovar uma PEC, sim, mas para a transição, para garantir estabilidade para o primeiro ano do governo”.
Ciro Nogueira justificou seu posicionamento ao explicar que o Congresso atual
não pode tomar decisões para os próximos quatro anos, mas que essa tarefa seria
da nova legislatura que será empossada no próximo ano. Ele usou o termo "apagar das luzes" para criticar a articulação do presidente eleito.