Em reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) e Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Nordeste, nesta terça-feira (5), o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), voltou a cobrar um cronograma para a vacinação da população contra o novo coronavírus. O encontro foi mais um movimento dos governadores para pressionar o Governo Federal pela vacina.
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Wellington Dias, que presidente do Consórcio Nordeste, comentou que o país já possui uma grande quantidade de doses de vacinas, mas até o momento não existe um cronograma de vacinação. Para ele, é preciso ter prioridade para a vacinação porque é ela que ela que fará com que o país afaste o risco de uma nova onda e garanta o retorno das atividades.
“Temos, hoje, 10,8 milhões de doses de vacina no Brasil, há a perspectiva de chegar mais 12 milhões nos próximos dias e não temos um cronograma, não temos ainda o que é necessário, e como vai se dar todo esse processo de vacinação. Se é a vacina que vai nos tirar do risco, que vai salvar vidas, por quê não colocamos como total prioridade?”, disse Wellington.
Foto: Divulgação
O encontro debateu ainda boletim divulgado pelo comitê que alerta os riscos para o Brasil após as aglomerações provocadas pelas eleições e festividades de fim de ano. Os dados apontam para um crescimento no número de pessoas infectadas com a Covid-19, além da preocupação com mutação do coronavírus no Brasil.
“Temos a necessidade de se ter um comitê organizado que possa garantir rápida solução para as vacinas, com isso evitar que tenhamos um agravamento da crise brasileira e um aumento do número de mortes. Então, estamos, a partir dessa nota do comitê científico, tratando com o Fórum dos Governadores e com o governo federal”, afirmou o governador.
Na próxima próxima segunda-feira (11), Wellington Dias se reúne com representantes do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF), dos laboratórios Fiocruz e Butantan, dos municípios e do comitê científico para uma nova conversa com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Por: Otávio Neto