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Gestão de Eduardo Paes desviou dinheiro de obra em favela para Museu do Amanhã

O relatório cita um aditivo em contrato da Concessionária Porto Novo S.A., em abril de 2012, para obras na região.

26/04/2017 11:02

A nova gestão da prefeitura do Rio de Janeiro, apontou que o município realocou R$ 112,3 milhões que eram destinados a obras de infraestrutura em uma favela, o Morro do Pinto, para a construção do Museu do Amanhã. A informação está em um relatório obtido pelo jornal Estado de S. Paulo.

O relatório cita um aditivo em contrato da Concessionária Porto Novo S.A., em abril de 2012, para obras na região. Foi a nova gestão da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp) que estranhou a transferência de recursos e auditou as contas do Porto Maravilha.

O relatório da auditoria foi entregue ao Tribunal de Contas do Município e à Câmara Municipal. No Legislativo, inclusive, tramita um projeto para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o processo de revitalização da região.

Relatório cita aditivo em contrato da Concessionária Porto Novo S.A., em 2012, para obras na região
Relatório cita aditivo em contrato da Concessionária Porto Novo S.A., em 2012, para obras na região Foto: Fernando Brazão/ Agência Brasil

O Porto Maravilha é uma operação urbana consorciada, administrada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp). Para obras e prestação de serviços municipais, ela contrata a Concessionária Porto Novo S.A. A empresa tem como acionistas a Odebrecht Properties, do grupo Odebrecht (37,5%), a OAS Ltda (37,5%) e a Carioca Christiani-Nielsen Engenharia (25%). 

A auditoria, de acordo com a reportagem do jornal paulista, também apurou que a construção e a manutenção do Museu do Amanhã e do Museu de Arte do Rio (MAR) custaram R$ 686 milhões. A página da prefeitura na internet informa que a obra do Museu do Amanhã foi viabilizada por meio da comercialização de certificados de potencial adicional de construção (Cepacs), que teriam garantido rendimento de R$ 215 milhões para o museu, “sem recursos diretos do Tesouro Municipal”. 

Fonte: Jornal do Brasil
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