Entre aqueles que estão na disputa pela cadeira no Palácio da Cidade, uma
das candidatas não têm pretensões de ser eleita e usa o espaço destinado para a
campanha eleitoral para defender o impeachment do presidente Jair Bolsonaro
(sem partido) e restituição dos direitos políticos do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista à O Dia TV, canal 23.1, a candidata Lourdes
Melo, do Partido da Causa Operária (PCO), explicou que as duas pautas são as
principais propostas do partido.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
Figura emblemática na política piauiense, Lourdes Melo disse que não acredita que possa ser eleita neste pleito, mas pretende usar o espaço da campanha para pedir que a população se filie ao PCO, para somar forças em defesa da classe da trabalhadora. “Nós não vamos ser eleitas, não há condição de concorrer com o poderio econômico, principalmente do prefeito Firmino Filho e outros candidatos que gastam rios de dinheiro”, afirmou.
Atualmente com 0,13% das intenções de voto, segundo pesquisa do Data O Dia, a candidata defendeu que não é possível quantificar o desempenho da sua chapa no período de campanha, pois o PCO não possui as mesmas condições de propaganda eleitoral obrigatória dadas aos outros partidos que estão à frente na disputa e descarta ainda alianças políticas.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
“Nós somos um partido comunista, somos um partido revolucionário, defendemos salário, emprego e terra. Nossas alianças podem até ser com quem defende também um plano de governo operário, socialista, mas o mais fraco que se alia ao mais forte está sendo uma espécie de laranja, porque as alianças não são verdadeiras. Se o mais forte quer uma aliança daqueles que estão mais embaixo, quer sugar o dinheiro dos menores, por isso achamos melhor caminhar sozinhos”, destacou.
A candidata do PCO utilizou o espaço da entrevista para tecer críticas ao Governo Federal, em especial na área de educação e geração de emprego e renda. Segundo ela, o PCO é a favor da destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, maiores salários para professores e redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais, além da reforma agrária.
“As terras que são um bem da natureza, não podem ser de propriedade privada. Os grileiros e latifundiários se apropriam da terra e a maioria dos trabalhadores não tem a possibilidade de cultivar para si e para os outros trabalhadores. Sendo assim, a gente defende que haja desapropriação dos latifúndios e uma reforma agrária sobre o controle dos trabalhadores”, afirmou.
Lourdes Melo fez também um convite para a filiação da população ao Partido da Causa Operária, em especial às minorias, afim de defender as pautas pela luta para a derrubada do capitalismo, resgate dos direitos políticos do ex-presidente Lula e contra o presidente Jair Bolsonaro. “A gente quer fazer uma unidade verdadeira. Nosso número é o 29, chamamos a população para lutar e votar com o PCO, que tem um plano de governo que está a serviço da classe trabalhadora”, finalizou.
Por: Nathalia Amaral