Relator do Orçamento de 2023, o senador Marcelo Castro
(MDB-PI) revelou que a PEC da Transição precisa ser votada até o dia 10 de
dezembro, para que o Congresso possa definir em tempo hábil o pagamento do
Bolsa Família, hoje Auxílio Brasil, e concluir a proposta orçamentaria do
próximo ano, que irá balizar as contas do novo governo.
De acordo com Marcelo Castro, os dois grandes desafios
atuais para que o país continue funcionando são a aprovação da PEC da Transição
e o Orçamento de 2023.
— Até a próxima terça-feira (29), irei protocolar o texto da
PEC para darmos celeridade à aprovação da matéria nas duas Casas e garantirmos
a continuidade do pagamento dos R$ 600 reais do Bolsa Família e mais R$ 150
reais por criança de até seis anos de idade — afirmou o senador, em nota
distribuída por sua assessoria.

FOTO: Roque de Sá/ Agência Senado
Em entrevista à imprensa, em Teresina (PI), Marcelo Castro
apontou “falta de entendimento entre as lideranças” partidárias sobre a
matéria. “Na verdade”, disse o relator, “qualquer que fosse o presidente
eleito, chamasse Lula, Bolsonaro, Simone Tebet, Soraya Thronicke, qualquer um,
nós teríamos hoje de fazer uma PEC porque o Orçamento que está aí não dá para
funcionar”.
— Porque você vê um líder da estatura do Tasso [Jereissati,
senador pelo PSDB do Ceará]. Ele apresentou uma PEC de 80 bilhões. Ora, 70
bilhões já são do Bolsa Família. Sobram 10 bilhões para recompor saúde,
educação, Minha Casa, Minha Vida, Dnit, ciência, cultura, ciência e tecnologia.
É um espaço muito restrito. Ele fez isso com as melhores intenções. O [senador]
Alessandro Vieira [PSDB-SE] apresentou uma PEC de 70 bilhões, só liberando o
Bolsa Família. Na verdade, o Orçamento que está hoje no Congresso Nacional é
inexequível — afirmou.
Marcelo Castro disse ainda aos jornalistas que “falta muita
coisa para ajustar”, mas insistiu na necessidade de votação da PEC da Transição
nos primeiros dias de dezembro.
— Falta muita coisa para ajustar, mas tudo que falta para
ajustar tem um limite. Nós não podemos ultrapassar a próxima semana sem votar
essa PEC no Senado. Então, nós temos que votar, esse é o compromisso que tenho.
Nós precisamos votar essa PEC na próxima semana no Senado para ir para a Câmara
porque o Orçamento que eu vou relatar vai estar na dependência dessa PEC, se
ela foi aprovada, se não foi e em que termos ela foi aprovada, porque todo o
meu relatório está na dependência dela. Então, quem mais precisa que a PEC seja
aprovada sou eu e o Lula, porque o Lula não tem condições de administrar com o
Orçamento que está aí — concluiu.
Fonte: Com informações Agência Senado
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