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Marcelo Castro critica pesquisas, mas não assina CPI até o momento

"É lícito você supor que estava fazendo pesquisa delivery, sob encomenda, e isso não é correto”, disse o senador.

10/10/2022 16:47

O senador Marcelo Castro (MDB) criticou, nesta segunda-feira (10), o resultado das pesquisas eleitorais realizadas no primeiro turno das eleições no Piauí. Segundo ele, a disparidade entre o resultado das pesquisas e o total de votos obtidos pelos então candidatos Rafael Fonteles (PT) e Silvio Mendes (União Brasil), levanta a suspeita de que as pesquisas tenham sido feitas por encomenda. 

“No dia 12 de setembro, o instituto de pesquisa coloca o Sílvio na frente do Rafael, com 20 pontos, era 54 a 36, e 18 dias depois, às vésperas da eleição, colocava Silvio com 48 e Rafael com 47, um empate técnico, com o Sílvio caindo sete pontos e o Rafael subindo 13 pontos. Quem analisa pesquisa, sabe que isso não acontece”, avaliou o senador.

Foto: Arquivo O Dia

Para o emedebista, não houve nenhum evento extraordinário que justificasse a oscilação de resultados em tão pouco tempo. “O que foi que aconteceu de extraordinário pro Sílvio Mendes cair na reta final da campanha? Nada. Aquilo se chama ajustar números para a vergonha ser menor, colocar um empate técnico quando Rafael ganhou de 57 a 41. Errou por 17 pontos, completamente fora da margem de erro. Então, é lícito você supor que estava fazendo pesquisa delivery, sob encomenda, e isso não é correto”, destacou.

Apesar disso, o senador revelou que ainda não decidiu se irá apoiar a criação da CPI das Pesquisas Eleitorais no Senado. Até o momento, momento 29 senadores, inclusive, a senadora piauiense Eliane Nogueira, já assinaram favoravelmente pela investigação.

“Não sei se é o caso de CPI, mas as pesquisas eleitorais precisam de uma normatização. A CPI está em um jogo político, mas nós precisamos nos debruçar [sobre as pesquisas eleitorais] para ter uma normatização”, finalizou.

Como o Portal O Dia informou com exclusividade, o Piauí foi o Estado do Brasil que mais realizou pesquisas eleitorais em 2022. Apesar de ter apenas 1,6% do eleitorado brasileiro, com R$ 2,5 milhões de eleitores, o Estado realizou, até o dia 30 de setembro, 143 pesquisas de intenção de voto para as eleições gerais de 2022.

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