O deputado federal Merlong Solano (PT) não acredita que a disputa eleitoral no Piauí chegará ao nível de radicalização que é observado em outros estados entre apoiadores de Lula e Bolsonaro. O parlamentar também discorda que a eleição entre Rafael Fonteles e Sílvio Mendes pelo governo do estado alcance os extremos.
Merlong atribui o clima ameno a postura da base governista e a grande popularidade do ex-presidente Lula e do ex-governador Wellington Dias. “A maioria (eleitoral) do Lula e do Wellington é tão grande no Piauí que isso restringe a coragem de certas pessoas que gostariam de radicalizar o ambiente terem ações mais ousadas no Piauí”, disse em entrevista ao O Dia.
Foto: Jailson Soares / O Dia
Por outro lado, o deputado que concorre à reeleição analisa que há nesse momento de pré-campanha o que classificou como uma “guerra de números” devido a grande quantidade de pesquisas em que os números destoam entre si.
“Alguns seguimentos da política estão guardando as pesquisas verdadeiras e divulgando pesquisas maquiadas. Isso requer mais fiscalização, mais controles. Há uma guerra de números. À medida que as eleições forem se aproximando, quem está praticando essa guerra vai ajustar os números para que o instituto sobreviva”, disse.
Ele acredita na vitória de Rafael Fonteles e cita a capacidade de transferência de votos de Lula e Wellington Dias. Como exemplo, Merlong cita a eleição do senador Marcelo Castro, que iniciou a campanha com 3% nas pesquisas e terminou eleito em 2018.