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MPF apura suposto golpe em auxilio emergencial praticado por vereadora do Piauí

Patrícia Fernanda nega que tenha se apropriado do benefício de um senhor identificado como Gilberto Pereira de Sousa

10/08/2020 12:07

O Ministério Público Federal (MPF) investiga a vereadora Patrícia Fernanda (Progressistas), do município de Santa Rosa do Piauí, localizado a 280 quilômetros de Teresina. Ela é acusada de aplicar golpe em um beneficiário do auxílio emergencial, identificado como Gilberto Pereira de Sousa.

Patrícia Fernanda, vereadora de Santa Rosa do Piauí (Foto: Reprodução/Facebook)

Ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) da cidade, o senhor Gilberto afirmou ter feito o cadastro no programa social do Governo Federal em meados de abril, por intermédio da parlamentar local. Ele teria repassado seus documentos a um através de uma pessoa descrita como “Toinho”.

(Foto: Reprodução)

Procurada pela nossa reportagem, Patrícia Fernanda confirmou ter auxiliado Gilberto no procedimento para solicitação do benefício, que não foi efetivado por inconsistência dos dados bancários. “Fizemos o cadastro, tentamos várias formas, mas nunca deu certo”, comentou, negando qualquer irregularidade.


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Dados do Portal da Transparência mostram que Gilberto teve o cadastro aprovado e foi contemplado com o pagamento de três parcelas do auxílio emergencial, nos meses de abril, maio e junho, totalizando um montante R$ 1.800 depositados em uma conta não identificada pela plataforma. 

(Imagem: Reprodução/Portal da Transparência)

Como o titular do benefício disse não ter recebido os recursos, o CRAS de Santa Rosa do Piauí coletou informações cadastrais que constataram não apenas o pagamento, mas movimentações financeiras na conta usada para o recebimento das parcelas. 

(Foto: Reprodução)

Por conta disso, o órgão municipal organizou todas esses dados e encaminhou uma manifestação ao MPF, que agora deve apurar se houve algum tipo de fraude e apropriação indevida dos valores por parte da vereadora, que reiterou desconhecer irregularidade. "É uma questão eleitoreira, porque é tempo de política e sou candidata a reeleição", alegou.

Nossa equipe tentou contato com o CRAS de Santa Rosa do Piauí, para saber as motivações de levar ao conhecimento do MPF uma manifestação acerca do caso, mas não obteve sucesso.

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