A próxima sexta (16) marca um ano da eleição de conselheiro do Tribunal
de Contas do Estado na Assembleia Legislativa do Piauí. O pleito, um dos mais
concorridos dos últimos anos, colocou frente a frente a ex-deputada e agora
conselheira Flora Izabel, e o deputado estadual Wilson Brandão, derrotado por
cinco votos de diferença, por um placar de 17 x 12. Representantes da sociedade civil também disputaram a
eleição.
A polêmica eleição foi repleta de reviravoltas com a participação ativa
do Palácio de Karnak e do presidente da Assembleia, Themístocles Filho, na vitória
de Flora Izabel. A derrota foi o estopim do rompimento entre Wilson Brandão e a
gestão de Wellington Dias. Até então Secretário de Mineração, o deputado nunca
mais voltou ao posto. De lá para cá a ex-deputada se desfiliou do PT e assumiu
a cadeira na côrte de contas atuando em julgamentos do pleno e em decisões
monocráticas.

Flora cumprimenta o derrotado Wilson Brandão. Foto: Assis Fernandes/ O DIA
Flora fez uma análise do período e revelou que entrou no curso de
direito para atuar com mais segurança no tribunal. “Eu faço uma avaliação
positiva do primeiro ano, no início foi muito aprendizado. Fui muito bem
acolhida pelos meus pares, de tirar dúvida, de discutir os processos. Um grande
desafio que estou enfrentando, resolvi fazer direito, sou formada em letras e
economia e o curso de direito é muito importante para o TCE, para um
conselheiro. Tenho aprendido muito é um grande desafio, mas é um dos melhores
que assumi ao longo da minha vida”, afirmou.

A deputada Flora Izabel em cerimônia de posse no TCE. FOTO: Ascom TCE
A conselheira avaliou também a importância da participação feminina na
política e lembrou que foi a primeira mulher da história a assumir a
presidência da Assembleia Legislativa do Piauí. “Contribuímos muito com a
participação da mulher na política, fui vereadora e como deputada estadual fui
presidente da Assembleia, algo histórico porque naquele momento o presidente
estava governando o Estado e como vice-presidente eu assumi a casa por um
período de dez dias. Fizemos história com isso. É importante que as mulheres
estejam nos espaços de poder melhorando a vida de outras mulheres”, cobrou a conselheira
Flora Izabel.
É permitida a reprodução deste conteúdo (matéria) desde que um link seja apontado para a fonte!