Os membros da oposição na Assembleia Legislativa questionam os critérios adotados pelo governo do estado ao escolher o banco Brasil Plural para a contratação da operação de crédito (empréstimo) no valor de R$ 1,5 bilhão.
De acordo com o deputado Gustavo Neiva (PSB), líder da oposição, a instituição financeira possui em seus ativos apenas R$ 767,1 milhões, valor bem abaixo do pretendido pelo governo do Piauí.
Além da incapacidade financeira para realizar a operação solicitada pelo Piauí, Gustavo Neiva ainda aponta a relação do Banco Plural com delações premiadas que ocorreram no âmbito da operação Lava Jato.
“Esse banco fez parte da delação do doleiro Lúcio Funaro, que está envolvido na Lava Jato e que deu prejuízos ao Fundo de Previdência da Caixa Econômica Federal. Queremos saber como o governo do estado chegou a esse banco, porque nós temos o Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES; no setor privado temos o Itau, Santander, Bradesco, que são bancos notadamente de lastro, mas o Piauí encontrou o Banco Plural”, destacou Neiva.
Deputado Gustavo Neiva em discurso na tribuna da Alepi. (Foto: Ascom/Alepi)
Para esclarecer os pontos considerados controversos, o líder da oposição quer a presença dos membros da equipe econômica do governo do estado debatendo o tema em audiência pública na Assembleia Legislativa. O requerimento já foi apresentado e deve ser votado pelo plenário da casa nos próximos dias.
“São vários esclarecimentos que a equipe econômica precisa fazer para dirimir essas dúvidas, até para que os deputados possam votar se aprovam ou não esse empréstimo com essa instituição bancária”, disse Neiva.
O empréstimo
A operação de crédito junto ao Banco Brasil Plural é de R$ 1,5 bilhão e faz parte das quatro mensagens enviadas à Assembleia Legislativa na última segunda-feira. A intenção do governo do estado é utilizar o recurso para a realização de obras de infraestrutura no interior do estado.
Edição: Rodrigo AntunesPor: Natanael Souza/Jornal O Dia