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Placar do impeachment oscila às vésperas da votação; Dilma ganha dois votos

Na última semana o comportamento dos deputados federais piauienses em relação ao impeachment mudou consideravelmente

16/04/2016 08:32

A oposição deixou de contar com dois votos a favor da abertura de processo de impeachment na tarde de ontem (15). Grávida de 36 semanas, a deputada federal Clarissa Garotinho (PR-RJ) solicitou nesta sexta-feira (15) o início de sua licença-maternidade. Com o afastamento, a deputada não participará da votação, no próximo domingo (17), sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara. Sua ausência beneficia Dilma, uma vez que ela já havia se posicionado a favor da saída da presidente. No final da tarde, o vice - presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), anunciou que mudaria seu voto de pró para contra o impeachment. 

Na última semana o comportamento dos deputados federais piauienses em relação ao impeachment mudou consideravelmente, mudando o quadro de votos. Continuam contra o impeachment, os petistas Assis Carvalho, Rejane Dias, os PTBistas Fábio Abreu e Paes Landim, além do PMDBista Marcelo Castro. Continuam a favor do impeachment os socialistas Átila Lira, Heráclito Fortes e Rodrigo Martins. Iracema Portela, do PP, que antes era contra, agora vai votar a favor e Júlio César, decidiu o voto pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Os Suplentes Silas Freire (PR), Mainha (PP) e Flávio Nogueira (PDT), já deixaram os mandatos.

Para que o processo seja encaminhado ao Senado, são necessários 342 favoráveis ao impedimento - independentemente da quantidade de deputados presentes no plenário no momento da votação. Em levantamento realizado pela Folha com os 513 deputados federais, 342 deles se declaravam favoráveis ao impedimento de Dilma até o final da tarde desta sexta- -feira (15). Com a ausência da deputada e a mudança de Maranhão, o número de votos pró-impeachment declarados não é mais, até agora, suficiente para abertura do processo. 

Se a Câmara realmente aprovar o pedido de abertura do impeachment, o processo será enviado para o Senado na segunda (18) e deverá ser lido em plenário na terça (19). Então, uma comissão, formada por 21 titulares e 21 suplentes, será formada seguindo a proporcionalidade dos partidos ou blocos partidários. O colegiado terá dez dias corridos para apresentar um relatório pela admissibilidade ou não do processo de impeachment. O parecer será votado em plenário e precisa de maioria simples (ou seja, 41 dos 81 senadores) para ser aprovado. Se isso acontecer, Dilma é afastada por 180 dias e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume o comando do país. 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB- -AL), avalia, segundo aliados, que essa votação poderia acontecer no dia 10 de maio. Senadores da oposição e da própria base do governo, no entanto, acreditam que o afastamento da presidente pode acontecer ainda no final de abril, com votação no dia 27, por exemplo. 

Nesse período de 180 dias, o Senado analisará os elementos para o impedimento e a defesa da presidente e haverá o julgamento final. Para aprovar a perda do mandato nessa etapa são necessários dois terços dos votos - 54 senadores. 
Fonte: Folhapress
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