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Reajuste da tarifa de ônibus de Teresina será um dos primeiros atos de Dr. Pessoa

Caberá à gestão dele, que se inicia em janeiro, decidir sobre o reajuste que será repassado ao passageiro nos ônibus da capital para 2021. SETUT faz cálculos.

07/12/2020 11:37

A discussão a respeito do reajuste da passagem de ônibus em Teresina ficará para janeiro de 2021, quando o SETUT e o Conselho Municipal de Trânsito apresentam os cálculos dos valores de custo do sistema para proporem o reajuste tarifário para o ano seguinte. 

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Sendo assim, ficará para a próxima gestão, a de Dr. Pessoa à frente da Prefeitura, decidir de quanto será o aumento na passagem de ônibus da capital para o ano que vem Os valores ainda não foram apresentados pelo SETUT, mas o diretor operacional da entidade, Vinícius Rufino, explicou como ele é calculado antes de ser levado para a PMT.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

“A tarifa é baseada nas variações de custo do sistema. O que variou em relação a preço de óleo diesel, de pneu, o preço de veículo, salários, toda essa parte que compõe o valor necessário para que o sistema opere de maneira satisfatória. Importante frisar que é uma decisão que cabe à PMT. Quem faz esses cálculos é o órgão gestor que apresenta para a PMT o valor resultante. Uma vez aprovado essa quantia pelo Conselho Municipal de Transporte, é encaminhado à PMT e o prefeito avalia as condições e toma a decisão”, explica Vinícius Rufino.

Segundo ele, a tarifa, que atualmente custa R$ 4,00 a inteira e R$ 1,35 a meia, será elevada em 2021, e essa possibilidade de reajuste nunca deixa de existir, porque os custos de manutenção do sistema de transporte coletivo seguem sempre uma tendência de aumento, enquanto que a demanda de passageiros vem diminuindo ao longo do tempo.

Agravou ainda mais a situação a pandemia do novo coronavírus, que praticamente parou o funcionamento do transporte coletivo de Teresina por meses. “Essa pandemia culminou em uma queda de demanda fora de qualquer precedente. Ao mesmo tempo, o custo de operação do sistema não se altera tanto. Obviamente que há algum tipo de variação menor pra tentar equiparar um pouco com a queda de demanda, porém o custo do sistema ele praticamente não se altera. Então isso incorre em necessidade de revisões de valores e de se rediscutir alguns tipos de desoneração”, diz o representante do SETUT.


Vinícius Rufino, diretor operacional do SETUT - Foto: Assis Fernandes/O Dia

Rufino explica que ainda não foram repassados valores ao Conselho Municipal de Trânsito, mas reiterou que não é o SETUT quem decide se o aumento será repassado ao passageiro, e sim a Prefeitura de Teresina. O que a PMT deve avaliar, de acordo com ele, é a questão do subsídio que repassa às empresas que exploram o setor. Trata-se da tarifa de remuneração do sistema, que é diferente daquela que é cobrada ao usuário. Para decidir sobre esse aumento, o prefeito avalia a situação financeira da Prefeitura em relação a quanto será subsidiado.

Por: Maria Clara Estrêla, com informações de Eliezer Rodrigues
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