Com a educação pública estadual já parada devido à greve geral da categoria, desta vez é o funcionalismo público municipal também deverá ter suas atividades paralisadas em mais um movimento paredista. É que os servidores do município anunciaram nesta terça-feira (11) que foi aprovado o indicativo de greve geral por tempo indeterminado em reivindicação por reajuste do piso do magistério.
Os servidores se reuniram em assembleia no último sábado para discutir sua atual situação salarial e estão exigindo da Prefeitura de Teresina a inclusão de pelo menos 11 categorias no reajuste que foi concedido no final de 2019, bem como o cumprimento do reajuste salarial anual referente ao piso nacional do magistério.
Servidores municipais de THE anunciam greve por tempo indeterminado - Foto: O Dia
De acordo com o Sindserm (Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina), na última semana legislativa do ano passado, o prefeito Firmino Filho enviou à Câmara Municipal projetos de lei que excluíram alguns setores do funcionalismo público do reajuste a ser concedido. O levantamento da entidade aponta que não constam nos textos encaminhados pelo Executivo ao Legislativo os assistentes sociais, técnicos de laboratório, atendentes, psicólogos, agentes de portaria, técnicos, tecnólogos e assistentes de radiologia, auxiliares administrativos, auxiliares de serviços gerais e motoristas.
Além da inclusão destes setores no reajuste, a categoria reivindica também a realização de concursos públicos, melhores condições de trabalho e melhorias no IPMT Saúde. “O Sindserm realizou os cálculos de impacto financeiro e afirma que é possível a concessão do reajuste para todos os setores e cargos. No caso dos servidores municipais de Teresina, o reajuste geral deveria ter ocorrido em maio do ano passado”, é o que diz o Sindicato em nota.
Defasagem salarial já chega a 50%, diz diretor do Sindserm
Em entrevista ao Portal O Dia, o diretor do Sindserm, Joaquim Monteiro, explicou que a defasagem salarial dos servidores municipais de Teresina já chega a quase 50% somando-se todos os reajustes concedidos nos últimos anos. “Desde 2000 que a gente vem em um arrocho salarial e a cada ano a situação fica mais complicada. Tem ano que nem proposta de reajuste nós recebemos, então a nossa luta é para que haja negociação”, diz.
A greve dos servidores do Município ainda não tem data exata para começar, mas segundo a diretoria do sindicato, é possível que já na primeira semana de março, o movimento paredista seja deflagrado, caso não haja nenhuma negociação exitosa com o poder público até lá.
Por: Maria Clara Estrêla