A deputada estadual Teresa Britto (PV) anunciou na última terça(28), em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, que
vai apresentar hoje um Projeto de Lei alterando alguns pontos e incorporando
outros à Lei 7.750, de 14 de março de 2022, que trata sobre o parto humanizado,
um projeto de sua autoria. Na Casa já tramita o Projeto de Lei Ordinária (PLO
93/2022) que revoga a lei integralmente, apresentado pelo deputado estadual
Marden Menezes (Progressistas).
“Espero que a Lei permaneça para melhorar o atendimento às
parturientes no estado do Piauí. A Lei em nenhum momento demoniza qualquer
profissão. A Lei não é sobre o ato médico, mas sobre qualquer violência
praticada contra a parturiente dentro de um hospital, desde o porteiro, as
atendentes, as enfermeiras, os obstetras”, frisou, acrescentando que quem leu a
Lei entendeu que ela não é apenas sobre doulas.

FOTO: Thiago Amaral/Ascom Alepi
Teresa Britto salienta que apresentou o projeto que resultou
na Lei após ser procurada por várias entidades, dentre elas o Conselho Regional
de Enfermagem, que há mais de dez anos realiza a marcha pelo parto humanizado
em Teresina. E destacou que em países da Europa e nos Estados Unidos existe um
movimento muito forte nesse sentido.
“A violência obstétrica não é um ato exclusivo do obstetra,
mas de qualquer pessoa dentro do hospital. O Piauí tem grandes profissionais,
mas como em qualquer profissão existem os bons e os ruins. A minha própria
filha foi vítima de violência obstétrica em um hospital privado de Teresina”,
afirmou.
Para reforçar a sua tese, a deputada disse que o artigo 4º
da Lei 7.750 permite a presença da doula na sala de parto, desde que a
parturiente queira ajuda e conforto. “No entanto, ela não está autorizada a
substituir o médico ou a enfermeira e também não pode fazer qualquer
intervenção que comprometa o processo de parto e a segurança da parturiente e
do recém nascido”, reforçou.
Diante da reação do Conselho Regional de Medicina e de
alguns médicos, quando a Lei foi sancionada, Teresa Britto abriu o diálogo e
vem trabalhando com todas as categorias do setor para melhorar a Lei. “Revogar
nunca. A Lei veio para melhorar, para dar mais garantias às parturientes de
estarem com uma pessoa que elas gostam, que confiam, nesse momento de muita
graça, mas também de muita dor. Revogar a Lei é retrocesso”, encerrou.
Fonte: Com Informações Ascom Alepi
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