Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Wellington confirma vinda de Lula ao Piauí em junho para caravana pelo Nordeste

A caravana de Lula pelo nordeste é o ponto de partida da campanha do ex-presidente em seu reduto eleitoral mais fiel

04/05/2022 09:02

O ex-governador Wellington Dias confirmou, em entrevista na última terça (03), que o pré-candidato a presidente Lula virá ao Piauí no próximo mês de junho. A caravana de Lula pelo nordeste é o ponto de partida da campanha do ex-presidente em seu reduto eleitoral mais fiel nas últimas eleições que disputou. O petista deve percorrer vários estados da região partindo do Maranhão rumo a outros estados nordestinos.

Wellington explicou que Lula percorrerá estados do sul e sudeste nas próximas semanas, para depois visitar o nordeste. “Temos uma agenda que está sendo organizada para várias regiões, que deve fazer Rio Grande do Sul, Santa Catarina, tem uma agenda programada para Minas e São Paulo no mês de maio e deve ainda ter essa agenda nordeste e nela está o Piauí. Ainda não temos a data, está sendo organizada, prevista para o mês de junho, mas ainda não temos o dia certo”, afirmou o governador.

FOTO: Ascom Wellington Dias

O ex-governador do Piauí ainda esclareceu que, dependendo do tempo de visita de Lula, outras cidades além da capital serão percorridas. “Não definimos ainda as cidades que serão visitadas, estamos decidindo se será um dia, meio dia, o período que ele disponibilizará para estar no Piauí. Vai se definir  primeiro os estados e a partir daí, tendo os horários, vamos decidir. Está certo que ele vai tratar da temática alimentar. Ele reconhece que houve um crescimento da fome, da miséria, do desemprego e quer apontar um plano nacional de segurança alimentar inclusive com inovações”, concluiu Wellington Dias. 

Lula na capa da TIME

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é capa da revista norte-americana Time desta semana. A foto do petista é seguida da frase "O Segundo Ato de Lula: o líder mais popular do Brasil busca voltar à Presidência".
A capa convida os eleitores para uma entrevista com Lula, na qual o ex-presidente fala sobre o tempo em que passou na prisão, a guerra na Ucrânia, a política norte-americana e seus planos para o Brasil caso seja eleito.
Na entrevista, o petista diz ter clareza de que pode resolver os problemas do Brasil. "Eu tenho a certeza de que esses problemas só serão resolvidos quando os pobres estiverem participando da economia (..)", disse.
Lula afirma, ainda, nunca ter desistido da política. "A política está em cada célula minha, a política está no meu sangue, está na minha cabeça", declarou à revista.
O lançamento oficial da pré-candidatura de Lula, juntamente com o pré-candidato a vice Gerado Alckmin (PSB), está marcado para este sábado (7). Até o momento, o petista lidera nas pesquisas de intenções de voto ao Planalto.

Guerra

Na entrevista, Lula responsabilizou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, a União Europeia (UE) e os Estados Unidos pela guerra em curso na Ucrânia. O petista, porém, ressaltou o papel de Zelensky no conflito. "Esse cara (Zelensky) é tão responsável quanto o Putin Porque numa guerra não tem apenas um culpado", disse. "(...) o comportamento dele é um comportamento um pouco esquisito, porque parece que ele faz parte de um espetáculo."
Lula afirmou ainda que, se fosse presidente do Brasil, teria ligado para o presidente americano Joe Biden, para Putin, para a Alemanha e para o presidente da França Emmanuel Macron para tentar resolver o conflito de forma diplomática.
"Putin não deveria ter invadido a Ucrânia. Mas não é só o Putin que é culpado, são culpados os Estados Unidos e é culpada a União Europeia. Qual é a razão da invasão da Ucrânia? É a Otan? Os Estados Unidos e a Europa poderiam ter dito: 'A Ucrânia não vai entrar na Otan'. Estaria resolvido o problema", afirmou o petista.

Lava Jato

Na versão em inglês, o título atribuiu a corrida presidencial deste ano como "o segundo ato de 'Lula', chamado de presidente mais popular do Brasil". A matéria assinada pela jornalista Cyara Nugent traça um perfil do retorno do petista à disputa política após passar 580 dias preso no âmbito da operação Lava Jato. Ela cita, por exemplo, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou uma série de condenações da operação e declarou a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro no caso.
Os confrontos entre Bolsonaro e o STF também foram citados pela revista, que fez um paralelo entre ele e o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
"Em abril, ele (Bolsonaro) sugeriu que as eleições poderiam ser 'suspensas' se 'algo anormal acontecer'. Se ele perder, alertam os analistas, é provável que haja uma versão brasileira do motim de 6 de janeiro. Se ele vencer, as instituições brasileiras podem não aguentar mais quatro anos de seu governo", escreveu.
Na entrevista à Time, Lula assumiu discurso eleitoral. Ele chegou a citar o jogador de futebol americano Tom Brady, que ganhou diversos títulos na liga nacional do esporte. "Ele é o melhor jogador do mundo há muito tempo, mas em cada jogo, seus fãs exigem que ele jogue melhor do que no último. Para mim, com a Presidência, é a mesma coisa. Só estou concorrendo porque posso fazer melhor do que antes."


Fonte: Com informações Agência Estadão
Mais sobre: