É falsa a mensagem que circulou no aplicativo WhatsApp nessa terça-feira (12) que afirmava que o lockdown seria adotado no Piauí a partir deste final de semana. O governador Wellington Dias (PT) divulgou vídeo desmentindo a informação.
“Objetivo é garantir a eficácia no isolamento social e ao mesmo tempo todo um trabalho para ampliar a capacidade de atendimento na rede hospitalar. É isso que vamos seguir. O que for necessário faremos com muita responsabilidade, transparência e ao mesmo comunicando corretamente a população”, afirmou.
Wellington Dias em vídeo que afirma ser falsa a mensagem de decretação de isolamento total (Foto: Reprodução)
A mensagem negada por Wellington Dias dizia que durante reunião do Comando Geral da Polícia Militar e a Secretaria de Estado da Segurança, havia sido anunciado o isolamento total no Piauí a partir de sexta-feira. A suposta mensagem afirmava que seriam fechadas as fronteiras do estado e, no setor comercial, apenas farmácias poderiam funcionar. O texto teria sido escrito com um comandante de Batalhão da Polícia Militar que teria participado da dita reunião.
O governador afirmou que receber a mensagem falsa enquanto participava de reunião com membros do Comitê Emergencial Covid-19, que debate ações de enfrentamento ao novo coronavírus no Piauí. “Devo esclarecer que lamento, isso não é verdade. Não há nenhuma decisão tomada”, reforçou.
Em pronunciamento nas redes sociais nessa segunda-feira (11), o governador citou a possibilidade da decretação de lockdown no Piauí. O gestor explicou que a medida poderá ser adotada nas cidades que registram a maior quantidade de casos do novo coronavírus quando os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do estado chegar aos 50% de ocupação.
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Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), até o momento, a taxa de ocupação da rede de atendimento da Covid-19 em todo o Piauí está na casa dos 38% a 40%. Wellington Dias disse ontem que o colapso na rede hospitalar do Piauí será inevitável caso os índices de isolamento social continuarem caindo.
“Queremos que as pessoas tenham dignidade no atendimento, mas preciso da colaboração de cada um. Estamos próximo do colapso e não queremos que isso aconteça. Eu sigo a ciência e não vou esperar o pior acontecer para adotar medidas. Estamos discutindo o lockdown caso não haja uma desaceleração dessa curva e principalmente se o número de leitos ocupados seguir subindo como temos visto”, afirmou.
Por: Otávio Neto