Às vésperas da Semana Santa, os mercados mais tradicionais de Teresina começam a receber um intenso número de consumidores, que já estão em busca dos alimentos que irão compor as refeições nos próximos dias. Na Nova Ceasa, na zona Sul, e no Mercado do Peixe, zona Sudeste, as vendas estão bastante aquecidas e muitos comerciantes e permissionários comemoram a procura.

A expectativa dos comerciantes é que a movimentação cresça ainda mais nesta quarta e quinta-feira, especialmente porque muitos consumidores aproveitam para comprar os itens e seguir viagem. “A movimentação nesta terça está boa, mas deve melhorar até quinta, que é quando o pessoal tem mais tempo, e também porque muitos vão viajar, então preferem comprar tudo mais frescos. Como na sexta-feira não abre, por ser Santa, quem tiver que comprar, precisa vir logo”, disse Adailto Américo Rodrigues (48), ‘Loirim do Tomate”, que trabalha na Nova Ceas há 25 anos.

Devido ao período santo, alguns alimentos tiveram um aumento significativo, entretanto, esse não tem sido um empecilho para gerar boas vendas. O permissionário cita os produtos que mais tiveram alta, como o tomate, que podia ser comprado por R$ 6 e agora custa, em média, R$ 11. O preço do pimentão também teve aumento expressivo. Três unidades custavam R$ 0,50 e, agora, são vendidas por R$ 1,50.
O consumo nessa época aumenta e a produção cai, mas mesmo assim as pessoas compram. São produtos que não podem faltar na cozinha, principalmente na Semana Santa. Não tem como não levar, porque as pessoas precisam fazer a ceia
A cebola roxa também aumentou, saltando de R$ 6/kg para R$ 10/kg. Já alimentos como macaxeira, batata doce, pimentão, pimentinha e abóbora seguem com o preço estável. Bom para o consumidor, que não precisa abrir mão desses itens na hora de preparar as refeições da Semana Santa.
“A expectativa de vendas para esse ano é a melhor possível e acreditamos que irá superar o ano passado. Mesmo com o preço de alguns alimentos em alta, as pessoas acabam comprando, porque são produtos que não podem faltar na mesa durante a Semana Santa, como a abóbora, o feijão verde e o peixe”, ressalta a permissionária Cleudilene Alves Bastos (49), trabalha há mais de 20 anos na Nova Ceasa.

O feijão verde é outro alimento que não pode faltar na mesa do brasileira durante a Semana Santa e que também teve uma redução no preço. Raimunda Meneses é permissionária na Nova Ceasa há cerca de dois meses e vende, além do feijão, maxixe, quiabo, abóbora, macaxeira e milho verde.
“A procura por esses produtos está muito grande, porque são alimentos bem tradicionais e que deixam a comida mais saborosa e caseira. E são produtos que não tiveram aumento no preço, pelo contrário, o preço do feijão caiu de R$ 20 para R$ 9/litro. Dá para comprar até seis maxixes por R$ 1, a abóbora está custando R$ 3,50/kg. Com R$ 50 dá para comprar muita coisa e tudo fresquinho, principalmente para quem gosta de alimentos congelados”, comenta.

Permissionários comemoram vendas no Mercado do Peixe
A movimentação no Mercado do Peixe também foi bem intensa nesta terça-feira (15). Muitos consumidores aproveitaram o início da manhã para visitar o local e garantir o pescado fresco e com preço mais acessível.
O aposentado Ivanilson Rocha aproveitou sua ida ao Mercado para adquirir os pescados que irá consumir ao longo da Semana Santa. Todo o produto adquirido foi armazenado em uma térmica com gelo, garantindo a qualidade e o frescor do alimento.

“Sempre compro meus pescados, durante a Semana Santa, aqui no Mercado do Peixe, e pesquisando entre os boxes, encontrei uma diferença de R$ 5/kg na pescada amarela, com o quilo custando R$ 55. Aqui a gente tem a oportunidade de escolher exatamente o produto que quer levar, tudo é limpo na hora, e o próprio vendedor acondiciona o produto com cuidado para não estragar. É um período que não tem como não consumir peixe, e o meu favorito é a pescada amarela”, destaca o aposentado.
Dentre os peixes mais procurados, segundo o permissionário Joaquim Neto Sousa, que trabalha no local há 25 anos, estão a tilápia, custando R$ 22, e a pescada amarela, sendo R$ 55, com cabeça e R$ 66 sem cabeça. O branquinho e a piratinga também tem boa aceitação, diferente da tambaqui, que tem muita espinha e não se torna prático para fazer o filé. Quem preferir, pode incrementar as refeições da ceia com camarão, caranguejo e sururu.

“As expectativas são as melhores possíveis para este ano. Até o momento, já vendi mais de 700 kg só tilápia. Durante a Semana Santa, ficamos abertos até a quinta, com boxes funcionando até às 19h, então, quem ainda não comprou seu pescado, deve se apressar, porque a procura está grande”, ressalta o permissionário.
Serviço de inspeção fiscaliza venda de pescados em supermercado
O Serviço de Inspeção Estadual tem intensificado a fiscalização da venda de pescados em mercados e supermercados de Teresina durante a Semana Santa. Gerlan Vieira, gerente do Serviço de Inspeção Estadual, destaca que, com o aumento do consumo de ovos e pescados, as equipes estão redobrando a atenção.
“Toda a produção de alimentos de origem animal, que vai servir para o consumo humano, precisa passar por um processo de inspeção. O serviço de inspeção atua juntamente com a indústria para garantir que os alimentos estão seguros, dando segurança aos consumidores”, comenta.
Dentre os itens observados está a presença do selo de inspeção, comprovando que a indústria está seguindo o previsto em lei, além do número de registro e do produto, se a validade está dentro do prazo, o acondicionamento do produto, especialmente dos pescados, que são perecíveis.
“O consumidor precisa entender que o selo assegura que aquele produto é seguro e que ele pode ser consumido sem nenhum tipo de risco à sua saúde. Quem for flagrado fabricando e comercializando produtos sem as recomendações necessárias, poderá sofrer punições”, conclui Gerlan Vieira, gerente do Serviço de Inspeção Estadual.
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