O Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) aumentou a pena de Allisson Wattson da Silva do Nascimento, condenado pelo assassinato da estudante Camilla Abreu, em 2017 em Teresina. A defesa de Allisson havia entrado com uma apelação criminal pedindo que sua pena fosse diminuída porque o réu confessou a autoria do crime. No entanto, a decisão da 1ª Câmara Especializada Criminal do TJ acabou por aumentar o tempo de prisão do ex-capitão da PM e rejeitou a apelação criminal.
A pena de Allisson Wattson foi aumentada de 17 anos, seis meses e 15 dias de prisão para 22 anos de reclusão e 15 meses de multa. O ex-capitão da PM foi condenado em 2021 pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
Em seu voto, o desembargador Pedro de Alcântara da Silva Macedo, relator e presidente da sessão, destacou, dentre outros pontos, que “a conduta do acusado e que se sustentam em narrativas das testemunhas foram desfavoráveis, sendo narrada aparente reiterada conduta antissocial [...] de comportamento abusivo, inclusive com beliscão, tapas e puxões de cabelo, razão pela qual valoro tal circunstância de modo desfavorável”.
No relatório da decisão, a Câmara Especializada Criminal reiterou, ainda, as circunstâncias em que Camilla Abreu foi morta. O desembargador Pedro de Alcântara utilizou como base para aumentar a pena de Allisson Wattson o fato de que ele praticou o crime de forma premeditada.
“Pode-se aferir da prova oral, inclusive da confissão do apelante, a frieza com que o crime foi cometido, tratando-se ainda de delito premeditado, com o desdobramento do fato delituoso em diversos atos, demonstrando, por vários motivos a intenção de matar, motivo pelo qual deve-se considerar desfavorável a culpabilidade para fins de majoração da pena-base”, diz a decisão.
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Allisson Wattson está preso na Penitenciária Irmão Guido, cumprindo a pena pelo assassinato de Camilla Abreu. Mas este não é o único crime pelo qual o ex-capitão da PM responde. Alisson foi acusado de estupro de vulnerável em um inquérito conduzido pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
A investigação apontou que Allisson teria abusado de uma criança de 7 anos por pelo menos um ano. O crime teria sido praticado quando o ex-PM foi colocado em regime semiaberto, em dezembro de 2022.
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