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AVC e convulsões estão entre as maiores ocorrências atendidas pelo Samu em Teresina

De janeiro a junho deste ano, o Samu atendeu cerca de 80 ocorrências por dia; solicitações vão desde casos de AVC a acidentes de trânsito e outros tipos de atendimento

31/07/2023 às 17h12

28/09/2023 às 17h25

Casos de convulsões, hipoglicemia e de Acidente Vascular Cerebral (AVC) estão entre as principais ocorrências atendidas pelo Samu em Teresina. De acordo com levantamento divulgado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), esse tipo de urgência clínica apresenta maior quantidade de solicitações de atendimento. Somente de janeiro a junho deste ano, foram registradas 4.494 ocorrências.

O número é preocupante. E não é para menos. O AVC, por exemplo, está entre as doenças que mais levam à morte em todo o Brasil. O Piauí, por sua vez, é o terceiro estado com maior percentual de óbitos ocasionados pela doença, conforme o Ministério da Saúde. 

Samu atendeu mais de 4 mil ocorrências de AVC, convulsões e hipoglicemia em Teresina - (Arquivo O DIA) Arquivo O DIA
Samu atendeu mais de 4 mil ocorrências de AVC, convulsões e hipoglicemia em Teresina

Ao todo, nos últimos seis meses, o Samu atendeu 14.564 ocorrências. Por dia, aproximadamente 80 atendimentos foram realizados. Dentre as principais solicitações, além das urgências clínicas já citadas, estão os casos de acidentes de trânsito, com 3.837 atendimentos; casos de mal súbito, com 1.725 chamadas e outros tipos de solicitações, com 1.069 atendimentos.

Segundo o diretor do Samu, Eliel dos Santos, há ainda atendimentos que envolvem urgências ginecológicas, psiquiátricas e outros acidentes como quedas. O diretor orienta que, ao se depararem com casos de problema de saúde, as pessoas devem manter a calma e fornecer as informações necessárias sobre como se encontra a vítima e a localização. 

“Todos os chamados pelo fone 192 passam por uma triagem onde o médico avalia sobre a necessidade de enviar ambulância e o tipo de ambulância, conforme a gravidade do paciente, pode ser de suporte básico ou avançado. É necessário informar a situação em que se encontra o paciente, dizer a localização exata e os pontos de referência que sejam bem conhecidos, como praças, igrejas e outros que sejam fáceis de serem localizados”, afirma o diretor.

Como identificar sintomas de AVC?

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é uma emergência médica que pode ter consequências devastadoras se não for tratado prontamente. O AVC ocorre quando há um bloqueio ou ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro, resultando em uma redução ou interrupção do fluxo sanguíneo para essa região vital. 

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Identificar os sintomas precoces do AVC é crucial para preservar a vida do paciente. Os sintomas podem variar dependendo do tipo e da localização do dano no cérebro, mas existem alguns sinais clássicos que podem indicar um possível AVC. 

AVC é a doença que mais mata em todo o Brasil - (Reprodução/Internet) Reprodução/Internet
AVC é a doença que mais mata em todo o Brasil
  • Fraqueza súbita em um lado do corpo: Uma das indicações mais comuns de AVC é a fraqueza súbita ou paralisia em um braço, perna ou um lado do rosto. A pessoa pode não conseguir levantar um braço ou sorrir normalmente.
  • Dificuldade na fala: A fala torna-se arrastada ou confusa. O paciente pode ter dificuldade em articular palavras ou compreender o que os outros estão dizendo.
  • Perda de visão: A visão pode ficar turva, ou o paciente pode perder a visão de um ou ambos os olhos repentinamente.
  • Tontura e desequilíbrio: A pessoa pode sentir tonturas intensas ou ter dificuldade em manter o equilíbrio, podendo até mesmo cair.
  • Dor de cabeça intensa: Uma dor de cabeça súbita e extremamente intensa, muitas vezes descrita como a "pior dor de cabeça da vida", pode ser um sinal de AVC hemorrágico.

Caso você ou alguém conhecido sinta os sintomas acima, o SAMU deve ser imediatamente acionado através do número 192. 

Convulsões: o que fazer em uma situação de emergência?

Convulsões são episódios de atividade elétrica anormal e excessiva no cérebro, que podem levar a uma variedade de sintomas, incluindo contrações musculares rítmicas, movimentos involuntários, perda de consciência e alterações na percepção sensorial. As convulsões podem ser causadas por diversas condições, como epilepsia, febre alta, traumas cerebrais, distúrbios metabólicos ou até mesmo falta de sono.

Estes episódios podem ser assustadores tanto para a pessoa que as experimenta quanto para quem está por perto. Portanto, saber como agir de forma adequada e segura pode fazer toda a diferença para a pessoa em crise:

  • Mantenha a calma e proteja o paciente: Afaste objetos pontiagudos ou perigosos próximos ao paciente e coloque-o em uma posição segura para minimizar o risco de ferimentos durante a crise.
  • Não restrinja os movimentos: Deixe que a crise aconteça naturalmente, evitando pressionar os membros do paciente.
  • Posicione a pessoa de lado: Caso a pessoa esteja deitada, ajude-a a se posicionar de lado durante a convulsão. Essa posição, conhecida como posição de recuperação, ajuda a evitar que a saliva ou vômito sejam aspirados, o que pode ser perigoso.
  • Observe a duração da convulsão: Faça uma estimativa mental do tempo que a convulsão dura. Se a crise durar mais de cinco minutos ou se houver várias convulsões em sequência, é uma emergência médica que requer atendimento imediato.
  • Não coloque nada na boca da pessoa: Diferentemente do que muitas pessoas acreditam, é desnecessário e perigoso tentar colocar objetos na boca do paciente durante a convulsão. A pessoa não engolirá a própria língua.
  • Chame por ajuda: Se a convulsão durar mais do que o esperado ou se houver alguma situação incomum associada a ela, chame uma ambulância através do 192 ou procure atendimento médico imediatamente.
Com informações da Fundação Municipal da Saúde.
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