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Bazar beneficente ajuda instituições sem fins lucrativos a manter projetos

A iniciativa é do Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção, instituição não governamental

10/06/2024 às 13h01

Talvez muitos não saibam, mas aquela roupa, calçado ou acessório que estão há muito tempo parados no guarda-roupa podem ajudar instituições sem fins lucrativos a manter projetos e mudar vidas. O valor arrecadado com a venda dessas peças permite o custeio de despesas da entidade, além de auxiliar pacientes, famílias e crianças em situação de vulnerabilidade.

O Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção (Cria) é uma instituição não governamental e sem fins lucrativos que existe há 14 anos e tem como missão garantir às crianças e adolescentes que vivem em abrigos e lar de adoção o direito à convivência familiar e comunitária, e contribuir para a construção de uma nova cultura da adoção. Para custear os projetos desenvolvidos, o Cria depende de doações e ações que gerem recursos próprios, como a venda de camisas de adoção e o bazar permanente.

Bazar beneficente ajuda instituições sem fins lucrativos a manter projetos - (Assis Fernandes/ODIA) Assis Fernandes/ODIA
Bazar beneficente ajuda instituições sem fins lucrativos a manter projetos

“Os recursos arrecadados com a venda das peças do bazar ajudam significativamente para que o Cria continue mantendo os projetos e a própria instituição, que é sem fins lucrativos e depende exclusivamente de doações. Com a venda das peças, chegamos a arrecadar até R$3 mil. Esse valor é usado para pagar funcionários, a contadora, a pessoa que faz a limpeza da casa e, quando estamos sem projeto que recebe recurso do governo, é com dinheiros que nos permite pagar as famílias acolhedoras, que recebem uma bolsa de R$ 500 mensalmente por criança. Então, esse dinheiro que entra no bazar, além de ajudar a pagar as contas da instituição, ajudam a pagar essa bolsa”, explica Francimélia Nogueira, coordenadora do Cria.

Atualmente, 11 crianças estão em acolhimento familiar em sete famílias acolhedoras. Além disso, há 25 famílias de origem, que são aquelas que receberam seus filhos, que viviam nos abrigos, ou famílias que foram constituídas por jovens que estiveram nos abrigos, os egressos. Diante da demanda da instituição, Francimélia Nogueira destaca a importância das pessoas fazerem suas doações. As peças podem ser entregues na própria sede do Cria, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, na Rua São Pedro, 1840, Centro/Sul de Teresina.

Bazar beneficente ajuda instituições sem fins lucrativos a manter projetos - (Assis Fernandes/ODIA) Assis Fernandes/ODIA
Bazar beneficente ajuda instituições sem fins lucrativos a manter projetos

Vale destacar que algumas doações recebidas são entregues às famílias acompanhadas pelo Cria e, as demais peças, são colocadas para venda no bazar permanente. O Cria possui uma página no Instagram (@bazarcriapiaui) e um W hatsApp (86) 98853-8023) onde as peças são apresentadas e vendidas. “As pessoas que já sabem da ação trazem as peças a qualquer hora, às vezes até aos finais de semana, mas também tem aquelas pessoas que ligam e nós vamos buscar. A maioria das doações são de roupas e calçados, masculino, feminino e infantil, entretanto, também podem ser doados acessórios, como bolsas, cintos e chapéus, e eletrodomésticos. Temos um grupo no WhatsApp onde são enviadas, semanalmente, informações sobre as novas peças que chegaram. Por lá, as pessoas podem fazer a reserva das peças, mediante pagamento prévio”, pontua a coordenadora do Cria.

“Esse dinheiro vai ajudando a gente a bancar essas despesas. São esses recursos próprios que nos permitem pagar as pessoas que atuam em alguns projetos, por exemplo. Um bazar tem sua relevância em vários aspectos, tanto na questão do meio ambiente, pois são peças que serão reaproveitadas e não serão descartadas, como no fazer o bem, pois você faz com que aquela peça chegue a outra pessoa a um preço muitas vezes simbólico, e ainda ajuda famílias que precisam desse apoio, pois é com esse recurso que conseguirmos tirar crianças as instituições de acolhimento. Você pode mudar destinos tirando suas roupas que estão paradas no guarda-roupa e doando para o Cria”, complementa Francimélia Nogueira.

Bazar beneficente ajuda instituições sem fins lucrativos a manter projetos - (Assis Fernandes/ODIA) Assis Fernandes/ODIA
Bazar beneficente ajuda instituições sem fins lucrativos a manter projetos

Rede Feminina de Combate ao Câncer

A Rede Feminina Estadual de Combate ao Câncer do Piauí realiza anualmente o Bazar Solidário, onde são vendidas peças de vestuário a um preço simbólico. Ao longo de todo o ano, a entidade receba doações de roupas adulta e infantil, calçados e acessórios de vários modelos e estados de conservação (novos e usados), além de móveis, são separados e destinados ao bazar, que ocorre pelo menos uma vez ao ano em data a ser definida.

Dulce Furtado, voluntária da RFCC-PI, explica que é feita uma curadora das peças recebidas e que serão enviadas para lavanderia. Os itens que não estão aptos para serem vendidos são doados e destinados a outras instituições.

“O bazar acontece, pelo menos, uma vez ao ano, conforme o volume de doações recebidas, e sempre acontece na Casa de Maria. Dedicamos três dias ao bazar, de modo que consigamos vender 100% do que foi recebido. Esse valor faz muita diferença para a Rede, pois é destinado para a compra de cestas básicas de pacientes e famílias atendidas e que fazem tratamento contra o câncer”, pontua a voluntária.

Devido à boa aceitação do público, tanto pela causa beneficente da entidade como pela disponibilidade de produtos a um preço bastante acessível, o bazar se consolidou no calendário da instituição e já é esperado de maneira positiva pelos compradores doadores, sempre acontecendo nos meses de novembro e dezembro. Entretanto, em situações excepcionais, quando há doações específicas, como a doação de um contêiner de produtos apreendidos pela Receita Federal em abril de 2017, o bazar é realizado mais de uma vez no ano, ocorrendo em outros meses também.

“Toda forma de doação é muito importante, pois vivemos doe doações. Esses produtos são muito valiosos para nós, então, aproveitamos para pedir que as pessoas doem, mas evitem enviar peças muito velhas e que não podem ser usadas”, complementa Dulce Furtado.

As peças podem ser doadas diretamente na Casa de Maria, que fica localizada na Avenida Raimundo, 1000, bairro Piçarra, zona Sul de Teresina. As doações podem ser entregues de segunda a sexta, das 8h às 18h, ou aos sábados, das 8h às 12h. Para mais informações, é possível entrar em contato através do WhatsApp (86) 3215-9650. 


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