A Polícia Civil confirmou que a pequena Anna Kerolayne Gomes Nunes, criança de 3 anos que deu entrada no HUT na última semana com marcas de agressão, sofreu maus-tratos. A informação foi confirmada nesta manhã (22) pela delegada titular de Esperantina, Polyana Oliveira, ao Portalodia.com. O estado da criança é grave e o hospital abriu protocolo de morte encefálica.
De acordo com ela, foram realizadas perícias que confirmam que Anna Kerolayne foi vítima de agressão física e que estas agressões estariam relacionadas com o quadro clínico com o qual ela deu entrada no Hospital de Urgências de Teresina. O HUT abriu protocolo de morte encefálica na última sexta-feira (19) e até esta segunda (22), o procedimento ainda não havia sido concluído.
Em conversa com o Portalodia.com, a delegada Polyana Oliveira explicou que já ouviu testemunhas e que os depoimentos convergem a uma mesma versão. “Perícias pertinentes já foram feitas desde a semana passada quando fomos acionados. Também foram ouvidas diversas testemunhas, mas ainda restam oitivas a serem realizadas. Continuamos realizando diligências investigativas para chegarmos à autoria correta, mas sim. Houve violência concreta contra a menor”, afirmou a delegada.
Anna Kerolayne Gomes Nunes deu entrada no HUT na segunda-feira (15) com sinais de agressão física. A polícia já havia sido acionada e abriu investigação sobre o caso. A menina morava com a avó paterna em Teresina até janeiro deste ano, quando foi levada para mãe para viver com ela em Esperantina.
Após receber a menina com sinais de agressão, o HUT acionou o Conselho Tutelar. A entidade, então, denunciou o caso à polícia de Esperantina, onde Ane vivia. A Polícia Civil, então, abriu o inquérito e iniciou as investigações.
Criança passa por protocolo de morte encefálica
Na última sexta-feira (19), o HUT abriu protocolo de morte encefálica em razão da gravidade do estado de Anna Kerolayne. O protocolo de morte encefálica é um conjunto de critérios médicos rigorosos utilizados para determinar a morte irreversível do cérebro. Ele obedece a alguns pré-requisitos: coma irreversível, causa de lesão cerebral irreversível, ausência de hipotermia, pressão arterial mantida dentro dos limites normais com medicação e ausência de medicamentos que podem mascarar os sinais da morte encefálica.
Durante o protocolo são realizados dois exames clínicos. Em adultos e crianças acima de dois meses, eles ocorrem com uma hora de intervalo; em crianças entre sete dias e dois meses, eles são feitos com 24 horas de intervalo. E em lactentes e menores de sete dias, esses exames são feitos com 72 horas de intervalo.
No protocolo de morte encefálica são avaliados: os reflexos da pupila, reflexo/movimento dos olhos com a rotação da cabeça; reflexo/movimento dos olhos com inserção de água nos ouvidos; reflexos do tronco encefálico Alguns exames complementares também são necessários: demonstração de ausência de fluxo sanguíneo no cérebro; demonstração da atividade elétrica do cérebro e confirmação de ausência de metabolismo cerebral.
A declaração de morte encefálica é emitida por dois médicos depois de passar por todos os critérios. O HUT confirmou ao Portalodia.com hoje (22) que o protocolo ainda segue em andamento com exames sendo feitos durante a manhã.
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