Para muitas pessoas, os pets são como membros da família e estão presentes em diversos momentos, como viagens, aniversários e até dormem na mesma cama que seus tutores. E por terem um lugar especial, nada mais justo que, após a partida, esses bichinhos também recebam a mesma atenção e cuidado. Pensando nisso, o casal Cíntia Melo e Antônio Quaresma decidiram oferecer um serviço de cremação para pets, em Teresina.
A ideia de abrir o negócio surgiu devido uma necessidade e dificuldade pessoal. O primeiro contato com esse tipo de serviço ocorreu em 2017, na cidade de São Paulo, quando a irmã de Cíntia perdeu seu animal de estimação e recorreu a uma empresa que oferecia cremação, além de todo suporte à família, como buscar o corpo e devolver as cinzas.
Cíntia e Antônio, que haviam perdido diversos animais, começaram a pesquisar sobre como montar um crematório e os equipamentos necessários. Seis anos depois, em 2023, eles finalmente tiraram a ideia do papel e criaram o Vida Villa Pet. “Conseguimos abrir o crematório e oferecer esse serviço de despedida, homenagem e respeito aos animais. Estamos no mercado há quase um ano, a procura ainda é pequena e não pagam os investimentos que tivemos. Entendemos que isso é algo cultural, que as pessoas não querem pensar que vão perder seus pets”, ressalta.
A empreendedora explica que, em geral, quando um animal de estimação morre, ele é destinado à incineração e descartado, o que acaba causando muita dor e sofrimento aos tutores, que querem dar uma destinação digna ao pet que conviveu com sua família durante anos. Nesse processo realizado pelas clínicas, não é possível ficar com as cinzas dos animais, uma vez que é feita uma incineração coletiva com outros animais e resíduos hospitalares da clínica.
Após o falecimento de um pet, o tutor entra em contato com o casal, que busca o animal para prepará-lo para a cremação. Todo o processo é feito individualmente, garantindo ao dono desse animal que as cinzas que ele receberá são de seu amigo de quatro patas. Além das cinzas, os empreendedores também enviam uma amostra do pelo, o molde e a impressão da patinha, e fotos do animalzinho com seu dono, tudo personalizado com o nome do pet.
“É um kit de homenagem, valorizando o que aquele animal representou na vida daquelas pessoas, e como ele será lembrado enquanto memória e saudade. O luto precisa ser vivido, pois é um processo que todos que perdem um pet vão viver. Quando esse desconforto passa, ficam as boas lembranças, como a nossa homenagem, mostrando que aquele animalzinho está com esse tutor e ficará guardado para sempre”, enfatiza Cíntia Melo.
O preço do kit de homenagem, contendo as cinzas e outros itens do pet, varia conforme o peso do animal, custando entre R$ 990, para animais de até 4kg, a R$ 1.400 para pets de até 45 kg. O valor pode ser pago em até seis vezes e, caso o pagamento seja feito em PIX, há um desconto de 10%. No pacote também está inclusa a entrega do kit ao tutor, sem custo adicional, e tudo é feito em até 24 horas, mas pode chegar a sete dias dependendo do caso.
“Fazemos cremações uma vez por semana, já que a demanda em Teresina ainda é pequena. Não ligamos o forno todos os dias, devido ao custo, pois o gás teve aumento, mas optamos por não o repassar aos clientes, então, a alternativa para ficar mais viável é realizar a cremação em um único dia, quando temos cerca de cinco animais. Nesse tempo, colocamos o animal na câmara fria e, quando ele está sendo preparado para a cremação, avisamos ao tutor, caso ele queira fazer uma oração nesse momento”, conta a empreendedora Cíntia Melo.
O forno para cremação chega a uma temperatura de até 900ºC, e cada animal demora um intervalo entre 1h a 2h30, dependendo do porte. Porém, alguns animais podem levar até 3h para concluir o processo. Além disso, o empreendimento também oferece a opção de o tutor fazer um velório, que é uma cerimônia de despedida. Para isso, é cobrado um valor de R$ 440, além dele também receber as cinzas do animal. No caso do velório, a família recebe um link para compartilhar com a família e a cerimônia tem duração de duas horas.
O empreendimento do casal é voltado não somente para o acolhimento das famílias que perderam seus pets, mas também para a sustentabilidade. No local, é utilizada energia solar, água de poço, reuso da água, e fossa de bananeira. Além disso, há um café, que funciona de quinta a sábado, playdog para quem quiser levar o pet para brincar, e, futuramente, o empreendimento oferecerá serviço de banho e hotel.
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