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"É preciso priorizar e destravar grandes obras de mobilidade e drenagem para Teresina", diz Marco Antônio Ayres

Responsável por coordenar o planejamento estratégico, o orçamento e projetos prioritários, Ayres revelou um diagnóstico inicial preocupante sobre a situação financeira e estrutural da capital.

25/11/2024 às 08h18

25/11/2024 às 08h18

O Jornal O Dia conversou com o engenheiro Marco Antônio Ayres, indicado pelo prefeito eleito Silvio Mendes (União Brasil) para ser o secretário de Planejamento a partir de janeiro de 2025. Responsável por coordenar o planejamento estratégico, o orçamento e projetos prioritários, Ayres revelou um diagnóstico inicial preocupante sobre a situação financeira e estrutural da capital e destacou os desafios na retomada de obras paralisadas, como a Ponte da UFPI e as galerias da zona Sul. Na entrevista, ele também abordou as prioridades para saúde, educação, limpeza urbana e transporte, além de apontar caminhos para um desenvolvimento sustentável e planejado de Teresina.

Marco Antônio Ayres, futuro secretário de Planejamento (SEMPLAN) - (Jailson Soares/ODIA) Jailson Soares/ODIA
Marco Antônio Ayres, futuro secretário de Planejamento (SEMPLAN)

1. Qual foi o diagnóstico inicial da situação financeira e estrutural da cidade após a transição de gestão?

“A Secretaria de Planejamento é uma secretaria, como está dizendo o nome, de acompanhamento dos problemas de financiamento da prefeitura, de projetos e de monitoramento dessas obras. A gente tem uma série de obras listadas na relação de convênios que estão paradas por conta da falta de ação da prefeitura. A exemplo, Ponte da UFPI, Parque Floresta Fóssil e a Via Sul. Perdemos ali a ponte aquela do Poti Velho devido à falta de ação. As galerias da Zona Sul também que são ali do bairro São Pedro e a do Torquato Neto. O nosso foco principal está sendo nessas essas obras que têm valores considerados vultosos para a prefeitura, que é uma prefeitura pobre, e que estão sendo perdidos por conta da falta de uma ação do planejamento, de licitação, uma série de providências que devem ser tomadas. A gente tem que ativar isso imediatamente”

2. Quais áreas de Teresina devem receber maior atenção e investimentos prioritários nos primeiros meses de gestão?

“Não tenho dúvida que a saúde, a educação, a limpeza urbana e o transporte. São as quatro áreas mais carentes e as mais necessárias. Está num estado de calamidade as quatro áreas”

3. Como será estabelecido o diálogo com outras secretarias para alinhar e integrar os planos de desenvolvimento e gestão de recursos?

“Na nossa secretaria, no nosso grupo do doutor Silvio, nos nossos secretários, sem dúvida nenhuma é um grupo coeso, formado eminentemente por técnicos de cada área. Tem técnicos com experiências de gestões passadas, técnicos e experiências de outros órgãos e outros departamentos de outras cidades e o entrosamento é perfeito. Acho que cada um se complementa, não há vaidade, nem ilhas de divisão de nada. A gente vai partilhar o mesmo bolo e dar prioridade a essas quatro áreas que falei. São áreas fundamentais e básicas para sobrevivência da cidade”

4. Em muitos bairros de Teresina, a infraestrutura de transporte, saúde e educação é insuficiente. Como a secretaria pretende planejar a distribuição de recursos para melhorar essas áreas de forma equitativa?

“Você tem que remanejar dentro do orçamento. O orçamento é engessado, são 5,6 bilhões na prefeitura. Então dentro desse orçamento você tem que fazer remanejamentos de áreas menos prioritárias para as mais prioritárias dentro da própria PPA, Plano Plurianual da Prefeitura de Teresina. Tem que fazer essas movimentações de peças, de tal sorte a atender as mais urgentes que falei, nessas áreas”

5. A população de Teresina cresce rapidamente. Quais são os planos para assegurar que a cidade acompanhe esse crescimento de forma ordenada e sustentável?

“Disciplina. Nós temos o PDOT aqui, e dá uma diretriz, que é o plano diretor de ordenamento territorial, que dão e são disciplinas dessa ocupação territorial e tem que ser seguida. Isso deve evitar a horizontalização da cidade. De quanto mais verticalizado e quanto mais próximo for os conjuntos habitacionais, por exemplo, dos centros urbanos que tem serviço, melhor. Vou dar um exemplo: em vez de você estar fazendo expansões de obras fora da cidade, exemplo, Minha Casa Minha Vida, sem um planejamento de transporte, de escola, de hospital, você aproveita o morador que está precisando de uma melhoria habitacional e faz a melhoria habitacional no local que já existe. Um exemplo aqui é o Parque Universitário e várias vilas aqui em Teresina precisam de uma melhoria habitacional e que estão com deficiência de habitação por conta da falta de estrutura de habitação. É melhor você fazer esse investimento lá, ordenar e urbanizar as vilas, depois partir para um crescimento horizontal que é um negócio que não é recomendado a nenhuma cidade, pela concentração. O centro da cidade é convidativo para isso, de você ocupar o centro com pessoas que trabalham no centro e moram fora do centro. O centro de Teresina está desabitado”


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