O jornalista Fernando Said (PSDB), presidente da Federação PSDB/Cidadania, que teve destaque na gestão tucana em Teresina, em entrevista realizada nesta terça-feira (16), para o Programa O Dia News, reforçou o apoio à pré-candidatura de Fábio Novo a prefeito de Teresina e declarou que essa união não garante legado de Firmino Filho. O apoio da Federação PSDB/Cidadania ao pré-candidato do PT foi oficializado nessa segunda-feira (15).
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A Federação PSDB/Cidadania chegou a anunciar pré-candidato a prefeito. Nomes de Luciano Nunes, João Vicente Claudino e Jorge Lopes foram cotados a vaga, no entanto, em meio a desistências e desavenças entre membros optaram em não lançar chapa majoritária.
De acordo com o presidente da Federação Fernando Said, apesar das tentativas de lançar candidatura própria, o PSDB não conseguiu chegar às condições necessárias para a empreitada.
“Da minha parte, eu sempre defendi que o PSDB tivesse candidatura própria. Às eleições de 2024 vai ser polarizada! De um lado, a atual gestão que é desastrosa e do outro, a gestão que mostrava serviços e obras no passado. No atual momento, o PSDB não formatou as condições políticas e dentro das circunstâncias, o Fábio Novo é a melhor opção para que Teresina volte a ter resultado e a fazer uma gestão de qualidade”, ressaltou.
Fernando Said acredita que o apoio do PSDB, grupo que atuou nas gestões de Firmino Filho, não é capaz de levar o legado construído pelo ex-prefeito a nenhum pré-candidato.
“Sinceramente, eu acho uma ingenuidade querer se apoderar da história e do legado de Firmino Filho. Esse legado é de Teresina e ninguém tem o dom ou o direito de querer se apoderar. O que posso dizer é que aprendi muito com Firmino, assim como outros. Isso não é legado, é consciência crítica”, destacou.
Convivência com divergências
Fernando Said rebateu o questionamento sobre o estranhamento causado pela formalização do apoio ao PT e afirmou que, em outros momentos, o PSDB já havia se aliado à sigla.
“A política é um processo de diálogo e convivência com divergências. É saber ouvir, ponderar e saber convencer nas vias argumentativas. Por outro lado, vamos deixar de hipocrisia. O que existe afirmativamente com essa composição eleitoral já aconteceu em outros momentos. O PP era aliado ao PT e agora está com o União Brasil. O PSDB também já esteve com o PT. Não é porque você diverge que vai se tornar inimigo e ficar distante. É uma história superada! O eleitor procura muito mais nomes e critérios do que partido”, comentou.