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Funcionários de empresa se manifestam após falsa acusação de assalto no Dirceu: “é triste ser chamado de ladrão”

Vídeos que repercutiram nesta terça-feira (14) mostram dois homens que estariam supostamente praticando assaltos na região; acusação foi negada pela empresa

14/11/2023 às 15h35

Após a repercussão de um vídeo que mostra dois homens fardados circulando na região do Dirceu supostamente para cometer assaltos, a empresa para qual eles atuam veio a público se manifestar e desmentir as acusações. Os homens, que são funcionários da empresa paraibana JP Representações, trabalham vendendo produtos de porta em porta. Diante das falsas acusações de assalto e roubo, representantes da empresa foram até a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), para registrar um Boletim de Ocorrência. 

“Fomos surpreendidos hoje pela manhã com essas imagens que foram tiradas de uma câmara de segurança e isso nos gerou um espanto, porque trabalhamos todos os dias para trazer o sustento para nossas famílias. Fomos vítimas de uma acusação fortíssima, fomos chamados de ladrões e acusados de ter entrado dentro de algumas casas e realizado assaltos. Isso gerou uma repercussão muito grande, tanto para nossa imagem como para a imagem da empresa”, relata o funcionário Jessé Ferreira de Sousa. 

Vídeo mostra dois funcionários da empresa que foram acusados falsamente  - (Reprodução/Whatsapp) Reprodução/Whatsapp
Vídeo mostra dois funcionários da empresa que foram acusados falsamente

Um dos homens que aparecem nas imagens se chama Moisés Santos Lima. Por meio das redes sociais, ele pede que as pessoas parem de compartilhar a fake news. “A gente fica triste com isso, ser chamado de ladrão… vender não é fácil”, disse o trabalhador. 

Moisés LIma e Gessivan dos Santos foram as vítimas da fake news  - (Arquivo Pessoal) Arquivo Pessoal
Moisés LIma e Gessivan dos Santos foram as vítimas da fake news

Por meio de nota, a empresa esclareceu que trabalha dentro da legalidade há mais de 15 anos em diversas regiões do Brasil, inclusive em Teresina. O Portal O DIA entrou em contato com o proprietário da empresa, João Paulo Ferreira, que destacou que a empresa irá tomar todas as medidas cabíveis ao caso.

“Esse mal entendido vai ser esclarecido e os responsáveis vão pagar por esses danos que causaram a nossa empresa. Sabemos que fazer fake news é crime, assim como divulgar também ", acrescentou. 

Veja o vídeo que foi divulgado nas redes sociais:

Corpo de Bombeiros se manifesta sobre o caso

Áudios que circulam nas redes sociais nesta terça-feira (14) também relatam que os supostos criminosos estariam utilizando fardas do Corpo de Bombeiros do Piauí para adentrar as residências e praticar assaltos. Todavia, a corporação negou a farda utilizada pelas pessoas nas imagens sejam dos bombeiros do estado. 

“As fardas que aparecem nas imagens não possuem semelhança com os uniformes oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, que costumam ser gandolas e calças que variam entre a cor laranja e verde musgo. Os agentes também costumam usar coturnos táticos”, diz a corporação por meio de nota. 

Diante da repercussão do caso, o Corpo de Bombeiros chegou a informar que a Polícia Civil investigaria o caso, que agora foi constatado que se trata de uma fake news.